L’INTÉGRALE
CARTLAND
OS AUTORES DA SÉRIE
Harlé
Roteiro
Michel Blanc-Dumont
Desenho
ReSUMo DA SÉRIE CARTLAND – INTÉGRALE
Jonathan Cartland era apenas um caçador
pacífico até ao dia em cujo sua esposa Petite Neige, que acabou de dar um filho
a ele, é assassinada. Passado o sabor da vingança, Cartland se alista como
batedor do exército americano e parte à descoberta de espaços selvagens do
Oeste.
Esse western muito particular é, além disso,
um testemunho que faz prova de homenagem ao povo indígena. O desenho de Blanc-Dumont, de uma rara
fineza, sobrepuja em reconstituir as paisagens grandiosas e em desenhar os
cavalos que ele aprecia particularmente. O roteiro de Laurence Harlé é
documentado, humano, rico em situações originais para um western.
Cartland escapa às convenções do cowboy, é um
personagem que luta e duvida, colocando uma dimensão suplementar a essa série.
O ritmo de publicação desde 1974 é de aproximadamente um álbum a cada 2 anos.
OS ÁLBUMS DA SÉRIE CARTLAND – INTÉGRALE
3 tomos publicados
Cartland – Intégrale - Tomo 1
204 páginas
A
série “Jonathan Cartland” nos faz compartilhar a vida e as aventuras de um
caçador da América do Norte no século XIX. Nós seguimos ele na sua errância
através dos Estados Unidos da América após o assassinato de sua esposa índia.
Um percurso repleto de obstáculos e de encontros apaixonantes ou perigosos.
Laurence Harlé e Michel Blanc-Dumont nos mostram outra conquista do Oeste, um
western humanista, um drama em cinemascope a redescobrir todas as questões
cessantes!!
Alternadamente
caçador, batedor, depois guia, beberrão, desesperado, louco apaixonado,
Jonathan Cartland está assaz longe dos estereótipos propagados habitualmente
pelo western. Personagem preso à dúvida, ele não tem nada de um stakhanovista
do revólver que se diverte em atirar em tudo aquilo que se mexe, sobretudo se
aquilo que se mexe é de origem indígena. Ao contrário, ele preza os índios, ao
ponto de escolher a sua companheira entre eles. Uma bela história de amor que
tem por ambiente a natureza primitiva do Oeste indomável, como uma promessa de
paraíso perdido.
Mas
eis que, nesse país da Cocanha, os verdadeiros selvagens também existem e a
esposa de Cartland é assassinada. Desesperado, ele deixa o seu filho à guarda
da tribo de sua esposa e ele retorna à cidade onde ele soçobra na bebedeira,
antes de partir para aventuras nas quais ele nem sempre sairá indene.
Reunidos
nesse primeiro opus de “L’Intégrale Cartland”, os quatro primeiros tomos da
série nos permitem travar conhecimento com um dos heróis mais cativantes e mais
consistentes da história em quadrinhos dos últimos trinta anos. Não contentes
de haver criado um personagem atípico, em ruptura com o tradicional cowboy
hollywoodiano, Laurence Harlé e Michel Blanc-Dumont cortam o coração com essa saga
de uma suntuosa balada onde a selvageria dos elementos se revela frequentemente
menos mortal que a barbárie das paixões humanas.
Cartland – Intégrale - Tomo 2
144 páginas
No início dos anos
70, enquanto “Jeremiah Johnson”1 e “Little Big Man”2
revolucionam o gênero western no cinema, a história em quadrinhos não fica de
fora, e sobre os rastos de um Blueberry grosseiro, Michel Blanc-Dumont e
Laurence Harlé criam Jonathan Cartland, caçador ecologista, amigo dos índios e
em luta incessante com o exército.
Essa série,
magnífico hino à liberdade e ao Oeste selvagem, se torna rapidamente uma
referência. Esse segundo volume do integral retoma três álbuns: “La Rivière du
Vent”, “Les Doigts du Chaoset” e “Silver Canyon”.
N. C.: 1. “Jeremiah Johnson”: “Mais Forte Que a
Vingança”, título no Brasil. 2. “Little Big Man”: “Pequeno Grande Homem”,
título no Brasil.
Cartland – Intégrale - Tomo 3
144 páginas
Cartland, caçador
solitário, cruza o caminho de dois desertores que fugiam das devastações da
Guerra de Secessão. Ele encontra igualmente o seu filho, que ele deixou à
guarda da tribo indígena de sua esposa, assim como um cavalo magnífico que levará
ele à Califórnia.
Esse último
integral comportará “Les Survivants de l’ombre”, “L’Enfant Lumière” e “Les
Repères du diable”. Três obras-primas de emoção e de humanismo, resultado de um
equilíbrio sutil entre a plenitude do desenho de Michel Blanc-Dumont e a
escrita sensível e sem concessões do falecido Laurence Harlé.
“Les Survivants de l'ombre” (prêmio de melhor
álbum em Angoulême em 1988) nos narra o encontro de Jonathan Cartland com dois
“bounty-jumpers”, aqueles soldados que desertavam e depois se realistavam para embolsar
o prêmio de alistamento. A Guerra de Secessão então se enfurece, esmagando os
homens e deixando feridas, que não cicatrizam, nas almas.
Uma história que diz
muito sobre a nossa sociedade “civilizada” e os seus valores. “L’Enfant
Lumière” conta como Cartland vai reencontrar o seu filho deixado à guarda de
Black Turtle, o pai índio de sua esposa assassinada. Difíceis reencontros que
permitirão, no entanto, a esse personagem desenraizado de encontrar um propósito.
“Les Repères du
diable”, enfim, onde Cartland é testemunha de fenômenos inexplicáveis e angustiantes
atribuídos ao diabo. Mas nosso herói sabe bem que o mal se encontra mais
frequentemente no coração dos homens que fora. Na fazenda de Dona Violante o
drama fomenta em um ambiente deletério, antes de explodir em uma surpreendente
conclusão.
Esses três tomos,
que encerram a série, constituem um verdadeiro apogeu, tanto no desenho de
Blanc-Dumont, então no ápice de sua maturidade gráfica, quanto na construção
das histórias e os diálogos de Laurence Harlé, roteirista inspirado que dá à
série o seu humanismo e a sua força.
Cartland L’Intégrale © Laurence Harlé /
Michel Blanc-Dumont – Dargaud Éditeur
Afrânio Braga
Edições
do grupo Média-Participations na Amazon Brasil. Acesse a livraria por um dos links
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