domingo, 30 de abril de 2017

A estreia de Jean Giraud

A estreia de Jean Giraud




Não tem ainda completado 18 anos o futuro papai de Blueberry, o alter ego do mais famoso Moebius, quando vê publicado um trabalho seu. Trata-se da primeira de curtas, antes curtíssimas, historietas humorísticas western, visto que são compostas por só duas páginas.


Frank et Jérémie, esses os nomes dos protagonistas, aparecem no início de 1956 no número 10 do periódico “Far West” e, após outras três aparições em alguns dos números sucessivos, termina a colaboração de Jean Giraud com o periódico e finda a efêmera vida dos dois cowboys.








Três dessas historietas foram repropostas, no início dos anos 1970, em “Sitting Bull” em formato livreto e, para a ocasião, foram remontadas em mais páginas. Essa versão é aquela que comparece em “Le Lac des Emeraudes”, o primeiro volume da série “Gir – Oeuvres” editada por Les Humanoïdes Associés em 1981.




Em julho do mesmo ano, a produção de Giraud se faz mais intensa, com dezenas de ilustrações, tiras, histórias curtas para dois semanais do tempo, “Fripounet et Marisette e “Coeurs Vaillants”. Trata-se de publicações católicas para a juventude destinadas a um público diverso: Fripounet et Marisette tem como subtítulo “Journal de l’Enfance Rural” e é evidente a quem se endereça; Coeurs Vaillants” é concebido para rapazes de idade compreendida entre os 11 e os 14 anos muito mais envolvidos nos movimentos juvenis católicos das cidades, o seu subtítulo (“A Coeurs Vaillants rien d’impossible”) é uma promessa de estrepitosas aventuras. Para a crônica, será o nome da rua de Paris onde se acha a sede de ambas as redações, Rue des Fleurus, a dar o nome à editora.





Visto o diverso endereço dos dois semanais, é então compreensível como Giraud seja presente naquilo para as crianças dos campos, prevalentemente com ilustrações e vinhetas, enquanto produz muitas histórias em quadrinhos para o título que deve enfrentar a grande concorrência nas ricas bancas das cidades.






Em “Âmes Vaillantes”, outro periódico do mesmo movimento católico voltado às crianças, Giraud contribui com ilustrações, pranchas e histórias curtas.










Mas é em “Coeurs Vaillants” que, junto a dezenas de histórias autoconclusivas, estreia com as suas primeiras histórias realísticas em capítulos:


Un géant chez les Hurons
19 capítulos do nº 30 de julho de 1957 ao nº 48 de 1º de dezembro de 1957.



e “Le roi des bisons
10 capítulos do nº 29 de 20 de julho de 1958 ao nº 38 de 21 de setembro de 1958.




Quase todas as histórias curtas em “Coeurs Vaillants” são de ambientação western, como também “Le roi des bisons”, primeira grande prova comprometedora no mundo dos cowboys, onde se pode facilmente ver a mão promissora de quem, escolhido pouco tempo depois como ajudante de Jijé para o seu “Jerry Spring”, se tornará o candidato ideal para dar vida gráfica a Blueberry.


Le roi des bisons” é presente no volume “Le Lac des Emeraudes”, ao invés “Un géant chez les Hurons” não foi mais republicado, como a totalidade, ou quase, das histórias curtas.




Fonte: Zona BéDé, Itália.

Il debutto di Jean Giraud © Zona BéDé 2015

Afrânio Braga

domingo, 16 de abril de 2017

“La Jeunesse de Blueberry” nº 15 “La sirene de Veracruz”

Capa, 2006. N. C.: Soledad San Miguel,
“A Sereia de Veracruz”, e Mike Blueberry.
 


Prancha 1.


Prancha 2.


Prancha 3.


Prancha 4.


Prancha 5.


Prancha 15.


Contracapa, 2006.

Ficha técnica

“La sirène de Veracruz”
“A Sereia de Veracruz” (1)
Roteiro: François Corteggiani
Desenhos e capa: Michel Blanc-Dumont
Cores: Claudine Blanc-Dumont
Volume: 15
Ano de publicação: 2006 (a); 2009 (b); 2013 (c) (2)
Número de pranchas: 54 (3)
Gênero: Western
Preço: 11,99 €
Formato: 22,5x29,5 cm
Público: Todos os públicos – Família
Dargaud Éditeur, Paris, França

Edição: a) Anotado “Primeira edição”. b) Collection Les indispensables de la BD. Anotado Primeira edição em 2006. C) Anotado “Primeira edição em 2006”. Na contracapa, um álbum “Blueberry” anotado a publicar (N. C.: “Blueberry L’Intégrale” volume 2).

Fonte: Dargaud Éditeur e Bedetheque.

N. C.:

1) Veracruz é uma cidade do estado de Veracruz, no México. É um porto no Golfo do México. Possui 512.310 habitantes. Foi fundada em 1599, é uma das cidades mais importantes do México por conta do seu porto marítimo comercial, que é um dos mais movimentados do mundo. Fonte: Wikipédia. N. C.: No porto de Veracruz, Snake atira em Homer, que se lança sobre ele, ambos caem e morrem afogados no mar.

2) As capas e as contracapas das edições são idênticas, exceto pela inclusão do título Les indispensables de la BD naquela de 2009. As contracapas apresentam a relação de títulos publicados de “Blueberry”, “Marshal Blueberry”, “La Jeunesse de Blueberry” e “Hors collections” até então.

3) “La sirène de Veracruz” é a história da série “La Jeunesse de Blueberry” com o maior número de pranchas (54).

4) A dedicatória da página 2:

Para Jean Ollivier, em lembrança de nossas formidáveis aventuras do outro lado da página branca.
François Corteggiani


N. C.: Jean Ollivier, jornalista francês, autor de histórias em quadrinhos e literatura juvenil, faleceu em 30 de dezembro de 2005.


A capa, 2013.


Nós temos deixado nosso herói em má postura, prisioneiro dos soldados franceses no México, enquanto os Sulistas estão em trem para colocar no ponto uma metralhadora revolucionária suscetível de fazer virar a Guerra de Secessão. Qual plano maquiavélico Blueberry vai poder colocar em ação para reconduzir a Gattling, essa metralhadora terrificante, no campo nortista?

Segundo e último volume dessa palpitante aventura do jovem Mike Steve Blueberry assinada à mão de mestre por Blanc-Dumont e Corteggiani.

Fonte: Dargaud Éditeur.


O desenho da capa.


A série “Blueberry” foi criada por Jean-Michel Charlier e Jean Giraud.

Fonte das imagens: BDfugue: capa, pranchas 1, 2, 3, 4, 5 e contracapa, 2006. Bedetheque: prancha 18 e capa, 2013. Michel Blanc-Dumont: o desenho da capa.

La Jeunesse de Blueberry nº 15 La sirène de Veracruz © François Corteggiani, Michel Blanc-Dumont, Dargaud Éditeur 2006, 2009, 2013

Afrânio Braga