domingo, 26 de dezembro de 2021

Jean Giraud desenhando “La Tribu fantôme”

 Jean Giraud desenhando
“La Tribu fantôme”


1981. Jean Giraud, em seu ateliê, em Castet, Pirineus Atlânticos, França, desenhando o álbum “La Tribu fantôme”, volume 20 da série “Blueberry”, publicado em 1982 pelas editoras Hachette, edição francesa, e Novedi, edição belga. Roteiro de Jean-Michel Charlier.


Na ocasião, Jean Giraud, o criador gráfico do tenente Mike Steve Blueberry, desenhava a prancha 31B.



A prancha 31B com letreiramento.


A prancha 31B em cores de Jean Giraud.


A prancha 31 em preto e branco.


A prancha 31 em cores de Jean Giraud.


“La Tribu fantôme”. Terceiro e último álbum do ciclo do Segundo Complô contra Grant – parte 1. O Crepúsculo da Nação Apache (álbuns 18 a 20). Arizona e Novo México. Outono e inverno, 1871-72. Acontecimento histórico: Evasão de 300 Apaches rumo ao México. A tribo Apache foge de sua reserva.

Devido a não renovação do contrato entre os autores da série “Blueberry” – o roteirista Jean-Michel Charlier e o desenhista Jean Giraud - e a editora Dargaud Éditeur, a primeira edição de "La Tribu fantôme" foi publicada por Hachette, na França, e por Novedi, em francês, na Bélgica, e o restante do ciclo, a parte 2, respectivamente por Hachette, um álbum, e Novedi, um álbum; atualmente a Dargaud é a detentora dos direitos de publicação de todos os álbuns das três séries blueberryanas – “Blueberry”, “La Jeunesse de Blueberry” e “Marshal Blueberry”.



A capa de “La Tribu fantôme”, em cuja estão Vittorio, Chini e os guerreiros Apaches que iriam libertar o restante da tribo confinada em uma reserva inóspita, é considerada uma das mais belas das séries de Mike Blueberry.



Eu sempre tive dificuldade em fazer Blueberry. Isso demanda uma disciplina gráfica extraordinária. É muito mais difícil que fazer Moebius.
 
É a mesma diferença que há entre pintar um quadro de Delacroix e um de Picasso. Um Delacroix demanda que se atravesse um universo de tecnicidade, de conhecimento de material absolutamente extravagante; um Picasso requer “somente” atravessar um universo mental de estruturas, de olhares sobre o mundo, etc. É mais delicado, mas o suficiente de ser em um tipo de energia através de discussões, uma reação às informações que veem do mundo. É uma forma de atividade que pode se acomodar não importa qual situação na vida, sobretudo se se tem um mental muito forte...
 
Mas fazer Delacroix, se não se está bem, se se ficou vários meses sem desenhar com essa técnica, é extremamente árduo. Isso necessita de ter em permanência certos pormenores como em uma arte marcial, a dança ou o piano; é necessário treinar todos os dias, todos os dias...

Jean Giraud

N. C.: Texto de Jean Giraud publicado em “Blueberry” TT “La Tribu fantôme” – “La Dernière carte”, Gentiane, 1983, e em “L’Univers de Gir”, Dargaud, 1986.

A série “Blueberry” foi criada por Jean-Michel Charlier e Jean Giraud.
Blueberry © Jean-Michel Charlier / Jean Giraud – Dargaud Éditeur

Afrânio Braga

Edições do grupo Média-Participations na Amazon Brasil. Acesse a livraria por um dos links abaixo:




domingo, 19 de dezembro de 2021

Blueberry e Chihuahua Pearl por Steve Debrevi



BLUEBERRY E CHIHUAHUA PEARL POR
STEVE DEBREVI


Steve Debrevi, em seu estúdio, com algumas de suas ilustrações.

Steve Debrevi


11/05/1971, Sestri Ponente, Genova.

Verso i cinque, sei anni inizia a disegnare ovunque e qualunque cosa, carta e matite sono il regalo più ambito.

Viaggia molto, in Italia e all’estero, si trasferisce per un anno a Parigi, dove ha l’occasione di disegnare e dipingere per alcuni mesi a Montmartre.

Lettore insaziabile di qualunque genere letterario, sviluppa una passione viscerale per il fumetto, soprattutto la scuola sudamericana, la classica americana (Toth, Eisner, Breccia, Pratt, Raymond, Bernet, ecc.), e quella italiana (Milazzo, Calegari, Pazienza...), e naturalmente il fumetto Disney.

A 16 anni “va a bottega” da Piero Ravaioli, letterista Bonelli, ex disegnatore e cugino del grande Renzo Calegari. Qui vede per la prima volta le tavole originali dei suoi eroi prima della stampa, e questo, se ce ne fosse bisogno, lo fa definitivamente innamorare dell’ arte del fumetto.

Nel ‘93 espone per la prima volta, a Savona nella suggestiva cornice del Castello del Priamàr. L’anno successivo inizia la pubblicazione di due personaggi a fumetti, Gippo ed Ernesto psicoterapeuta, in un giornale genovese “Il Corriere” dal 1994 al 2001  e una rivista torinese “Dynamite” dal 2002 al 2010.

E’ membro dell’Associazione Lo Scarabocchiatore per la quale ha appena realizzato un Folder di Illustrazioni a tiratura limitata da collezione (2021).

Attualmente lavora su commissione tramite la piattaforma online Fiverr, ha un profilo autore su Amazon con tre albi sul disegno per i più piccoli e sta lavorando a due storie a fumetti, la prima con testi suoi, la seconda a quattro mani per il mercato francese.


Ilustração “Fantasy”.


Steve Debrevi em seu estúdio.

Ele nasce em 11 de maio de 1971 no bairro Sestri Ponente em Gênova, Itália.

Com cerca de cinco, seis anos ele inicia a desenhar em toda parte e qualquer coisa, papel e lápis são o presente mais desejado.

Ele viaja muito, na Itália e ao exterior, ele se transfere por um ano a Paris, onde ele tem a ocasião de desenhar e pintar por alguns meses em Montmartre.

Leitor insaciável de qualquer gênero literário, ele desenvolve uma paixão visceral pela história em quadrinhos, sobretudo, a escola sul-americana, a clássica americana (Toth, Eisner, Breccia, Pratt, Raymond, Bernet, etc.) e aquela italiana (Milazzo, Calegari, Pazienza...) e, naturalmente, a história em quadrinhos Disney.

Aos 16 anos, ele “vai à oficina” através de Piero Ravaioli, letrista Bonelli, ex-desenhista e primo do grande Renzo Calegari. Aqui ele vê, pela primeira vez, as pranchas originais dos seus heróis antes da impressão e isso, se necessário, faz ele definitivamente enamorar-se pela arte da história em quadrinhos.

Em 1993, ele expõe pela primeira vez, em Savona, no sugestivo ambiente do Castello del Priamàr. No ano sucessivo, ele inicia a publicação de dois personagens em histórias em quadrinhos, Gippo e Ernesto psicoterapeuta, em um jornal genovês, “Il Corriere”, de 1994 a 2001, e em uma revista turinesa, “Dynamite”, de 2002 a 2010.

Ele é membro da Associazione Lo Scarabocchiatore para a qual ele realizou um folder de ilustrações em tiragem limitada de coleção, em 2021.

Atualmente, ele trabalha sobre encomenda via a plataforma online Fiverr, ele tem um perfil de autor na livraria Amazon, com três álbuns sobre desenho para as crianças, e ele está trabalhando em duas histórias em quadrinhos, a primeira com textos seus, a segunda a quatro mãos para o mercado francês.


Ilustração “New Orleans”.

Fonte: Steve Debrevi.

 

A série “Blueberry” foi criada por Jean-Michel Charlier e Jean Giraud
Blueberry © Jean-Michel Charlier / Jean Giraud – Dargaud Éditeur

Blueberry, il fratello francese di Tex.
Blueberry, o irmão francês de Tex.
Sergio Bonelli
Editor e roteirista

Io ringrazio a Steve Debrevi per il disegno di Blueberry e Chihuahua Pearl, compagni d’avventura, per il blog Blueberry.
Eu agradeço a Steve Debrevi pelo desenho de Blueberry e Chihuahua Pearl, companheiros de aventura, para o blogue Blueberry.


Afrânio Braga


quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

“Blueberry” TT “La Tribu fantôme” – “La Dernière carte”

Capa.


“Blueberry”
IntTT3. “La Tribu fantôme” – “La Dernière carte”
Roteiros: Jean-Michel Charlier
Desenhos: Jean Giraud
Cores: preto e branco
Depósito legal: 10/1983
Estimativa: de 200 a 300 euros
Editora: Gentiane
Formato: Formato normal
ISBN: 2-904300-05-8
Pranchas: 110
Outras informações: Tirage de tête ou edição limitada. Integral
Informação da edição: Anotado DL 4º trimestre 1983. TT dos volumes 20 e 21. 1000 exemplares numerados e assinados + 70 exemplares HC. Com 8 páginas de croquis. Capa revestida de tecido, formato 22,2x29,3 cm.


Contracapa.


Álbuns compondo o integral:


Fonte: Bedetheque.


Imagens do exemplar nº 090/1000 de “Blueberry” TT Gentiane:

Capa.


Página 3.


Página 4. N. C.: Editado por Gentiane, Paris, França.

© Novedi 1983. © Gentiane 1983 para o caderno introdutório.
Agradecimento às edições Dargaud pela autorização da reprodução
de alguns desenhos que compõem o caderno introdutório.


Página 5.


Página 6. N. C.: A presente tiragem é constituída de
1000 exemplares numerados de 1 a 1000 e assinados
pelos autores. Além disso, foram realizados 70 exemplares
numerados de I a LXX e assinados, constituindo a edição H. C.
N. C.: H. C.: Hors Commerce, Fora de comércio.




Página 7.

Eu sempre tive dificuldade em fazer Blueberry. Isso demanda uma disciplina gráfica extraordinária. É muito mais difícil que fazer Moebius.

É a mesma diferença que há entre pintar um quadro de Delacroix e um de Picasso. Um Delacroix demanda que se atravesse um universo de tecnicidade, de conhecimento de material absolutamente extravagante; um Picasso requer “somente” atravessar um universo mental de estruturas, de olhares sobre o mundo, etc. É mais delicado, mas o suficiente de ser em um tipo de energia através de discussões, uma reação às informações que veem do mundo. É uma forma de atividade que pode se acomodar não importa qual situação na vida, sobretudo se se tem um mental muito forte...
Mas fazer Delacroix, se não se está bem, se se ficou vários meses sem desenhar com essa técnica, é extremamente árduo. Isso necessita de ter em permanência certos pormenores como em uma arte marcial, a dança ou o piano; é necessário treinar todos os dias, todos os dias...

Jean Giraud



Página 8.


Página 9.


Página 10.



Página 11.


Página 12. N. C.: Mike Blueberry inspirado em Charlton
Heston atuando em "Will Penny" ("E o Bravo Ficou Só",
título no Brasil), filme, de 1968, dirigido por Tom Gries.


Página 13. N. C.: Ilustração para a capa de uma edição
da revista semanal “Pilote” publicada pela editora Dargaud.


Página 14. N. C.: Desenho de Blueberry publicado,
em cores, na contracapa do livro “L’Univers de
Gir” lançado pela editora Dargaud em 1986.


Página 15.


Página 17. N. C.: Prancha 1 de “La Tribu fântome” (“A Tribo Fantasma”).


Página 62. N. C.: Prancha 46 de “La Tribu fântome” (“A Tribo Fantasma”).


Página 63.


Página 65. N. C.: Prancha 1 de “La Dernière carte” (“A Última Cartada”).


Página 110. N. C.: Prancha 46 de “La Dernière carte” (“A Última Cartada”).


A série “Blueberry” foi criada por Jean-Michel Charlier e Jean Giraud.
Blueberry © Jean-Michel Charlier / Jean Giraud – Dargaud Éditeur

Afrânio Braga

sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

Blueberry e Chihuahua Pearl por Maeva Corderet “Windy”



BLUEBERRY E CHIHUAHUA PEARL POR

MAEVA CORDERET “WINDY”



Maeva Corderet, em arte Windy.

Maeva Corderet est illustratrice pour la jeunesse.

Elle dessine depuis l'enfance. Elle s'intéresse très jeune à la bande dessinée. Après des études supérieures en Arts Appliqués, à l'ENAAI (Savoie), e, 2016, elle décide d'en faire son métier.

Elle travaille principalement pour la jeunesse, ainsi que pour de la clientèle particulière, et donne des cours de dessin pour enfants et adultes.

L'encre de Chine et l'aquarelle sont les principales techniques qu'elle aime travailler.

La tête toujours dans les nuages, elle s'emploie chaque jour à inventer et peupler son petit monde imaginaire de créatures, animaux et personnages oniriques.

Bibliographie

"La Douce Mélancolie du Monde Ephémère", par Nayeomi, BOD Editions.
"Emeline", par Véronique Monloup, Nyan Editions.
... et de nouvelles surprises à paraître bientôt!

Instagram : @windy_spirits
Facebook : Windy Spirits Sketches




Maeva Corderet, em arte Windy.

Maeva Corderet é ilustradora para a juventude.


Ele desenha desde a infância. Ela se interessa muito jovem pela história em quadrinhos. Após o estudo superior em Arts Appliqués (Artes Aplicadas), na ENAAI – Enseignement aux Arts Appliqués et à l’Image – em Sabóia, França, e, em 2016, ela decide fazer o seu ofício.

Ela trabalha principalmente para a juventude, assim como para a clientela particular, e ela dá cursos de desenho para crianças e adultos.

A tinta nanquim e a aquarela são as principais técnicas que ela ama trabalhar.

A cabeça sempre nas nuvens, ela se emprega cada dia a inventar e a povoar o seu pequeno mundo imaginário de criaturas, animais e personagens oníricos.

Bibliografia

"La Douce Mélancolie du Monde Ephémère", por Nayeomi, BOD Editions.
"Emeline", por Véronique Monloup, Nyan Editions.
...e de novas surpresas a publicar em breve!

Instagram: @windy_spirits
Facebook: Windy Spirits Sketches




A série “Blueberry” foi criada por Jean-Michel Charlier e Jean Giraud
Blueberry © Jean-Michel Charlier / Jean Giraud – Dargaud Éditeur

“Blueberry, il fratello francese di Tex.”
“Blueberry, o irmão francês de Tex.”
Sergio Bonelli
Editor e roteirista




Je remercie à Maeva Corderet “Windy” le dessin de Mike Blueberry et Chihuahua Pearl, compagnons d’ aventure, pour le blog Blueberry.
Eu agradeço a Maeva Corderet “Windy” pelo desenho de Mike Blueberry e Chihuahua Pearl, companheiros de aventura, para o blogue Blueberry.

Afrânio Braga         



domingo, 28 de novembro de 2021

20 anos da série “Blueberry” 1963 - 1983

 20 ANOS DA SÉRIE “BLUEBERRY”
1963 - 1983



Jean Giraud, curiosamente, estava ausente de Paris em 30 de novembro de 1983, ao pé da torre Eiffel, para festejar os 20 anos da série “Blueberry”. Jean-Michel Charlier estava lá.



A revista “PLG” – exatamente “PLGPPUR”, ou seja, “Plein la gueule pour pas un rond” – contou sucintamente a cerimônia no seu número 15, fim de 1983.



Jean-Michel Charlier está no interior da diligência. A notar que o 20º aniversário de Blueberry deveria se desenrolar precisamente em 31 de outubro e não em 30 de novembro. As fotografias devem ser de Philippe Morin.

As fotografias coloridas do evento foram extraídas de uma página do excelente livro “Jean-Michel Charlier vous raconte...” de Gilles Ratier, publicado pelas edições Sangam/Le Castor Astral em 2013.




O convite da editora Hachette, boulevard Saint-Germain, deveria permitir, pode ser, de estar presente nas dedicatórias - por Jean-Michel Charlier, então só -, porque foi ao mesmo momento que saiam a história “La Dernière carte” de “Blueberry” em “Spirou” – estreia de pré-publicação da história no número 2380 de 24 de novembro de 1983 – e o álbum de mesmo título – há um saco de nós porque a pré-publicação em “Spirou” se fez quase após a estreia do álbum, considerando que a regra quer que haja a pré-publicação em uma revista e em seguida o lançamento em álbum. É, sem dúvida, por tudo isso também que o desfile equestre foi feito em 30 de novembro, por uma questão de atualidade editorial então e não em 31 de outubro que teria sido o 20º aniversário em ponto, pois a primeira publicação de Blueberry – as duas primeiras pranchas de “Fort Navajo” – data de 31 de outubro de 1963 no hebdomadário “Pilote” nº 210.

Jean-Yves Brouard
Roteirista de histórias em quadrinhos


Fim de novembro de 1983, Jean Giraud vivia no Taiti e eu imagino então que naquela época um 20º aniversário do Tenente Mike Steve Blueberry em Paris seria uma prioridade assaz tênue.

Colin Wilson
Desenhista de seis álbuns de “La Jeunesse de Blueberry”


A série Blueberry foi criada por Jean-Michel Charlier e Jean Giraud.
Blueberry © Jean-Michel Charlier / Jean Giraud – Dargaud Éditeur

Afrânio Braga