domingo, 16 de abril de 2023

Tenente Blueberry na revista “Mundo dos Super-heróis” nº 13

 Heróis do
VELHO OESTE
 
Durões e bons de mira, os cowboys encantam gerações. Selecionamos alguns dos mais relevantes.

Por Társis Salvatore e Gabi Franco

TEX (Tex Willer)
JONAH HEX (Jonah Woodson Hex)
KEN PARKER1
HOPALONG
TENENTE BLUEBERRY
CAVALEIRO SOLITÁRIO (John Reid)
CAVALEIRO FANTASMA (Carter Slade)
HAWHIDE KID (Johnny Clay)
CAVALEIRO NEGRO (Matthew Masters)
LUCKY LUKE


2


TENENTE BLUEBERRY
 
Em 1962, o roteirista francês3 Jean-Michel Charlier conheceu o Oeste americano que tanto o fascinava. Durante a viagem, ele realizou uma extensa pesquisa sobre costumes, grupos étnicos, geografia, história e documentação. Com isso, em 1963 ele criou o Tenente Blueberry. O resultado foi uma série de histórias em quadrinhos embasadas por uma primorosa recriação histórica.

Blueberry é um soldado americano de mira certeira, que vive nos períodos da Guerra da Secessão4 e da construção da Estrada de Ferro Transcontinental5. Suas tramas contavam com figuras históricas como o xerife Wyatt Earp e o chefe apache Cochise6.

Com a arte refinada de Jean Giraud, Blueberry estreou na edição 210 da revista “Pilote”7. Para quem não sabe, Giraud nos anos 70 passou a assinar Moebius, alcançando renome internacional por seus trabalhos com ficção científica.

Durante a década de 70 a Editora Abril lançou “O Homem da Estrela de Prata”, a estreia de Blueberry no Brasil8. Duas publicações foram lançadas nos 80 pela Vecchi: “Forte Navajo” 1 e 29, ambos em 1980. Em 1992 a Editora Abril republicou o material10 e, a partir de 2000, a Panini lançou três especiais11. Curiosidade: o Tenente Blueberry foi inspirado em Mike Steve Donovan12, ou Mike “Blueberry”, que lutou na Guerra de Secessão. Nascido em 1843, no Estado da Georgia, faleceu em 1933, após uma vida de aventuras.


Detalhe de roteiro das histórias em quadrinhos de Blueberry13.


Blueberry14 foi desenhado pelo famoso francês
Moebius, que ainda assinava Jean Giraud15.


Artigo publicado na revista “Mundo dos Super-heróis” nº 13, novembro/dezembro de 2008, cuja chamada de capa é Velho Oeste. 10 heróis que marcaram várias gerações e do qual foi extraído somente o texto sobre Blueberry, o lendário tenente mais amado do Oeste.

“Mundo dos Super-heróis” nº 13 © 2008 Editora Europa

Agradecimento à Editora Europa pela gentil permissão ao blogue Blueberry de publicar esse extrato do artigo Heróis do Velho Oeste; a Rodinério da Rosa pelo tratamento da imagem da ilustração de Blueberry em contracapas de álbuns da série “Blueberry”; e a Sidnei Southier pelas fotografias da capa da revista “Mundo dos Super-heróis” e das páginas com o artigo Heróis do Velho Oeste.
 
N. C.:

1 Ken Parker: apelido de Kenneth Parker;

2 A ilustração de Blueberry publicada na contracapa dos álbuns, da primeira edição, de “Tonnerre à l’Ouest”, número 2, a “Le Bout de la piste”, número 22, para informar os volumes, publicados até então na série “Blueberry”, no couro estendido ao lado do Tenente;

3 O roteirista Jean-Michel Charlier era belga;

4 A Guerra de Secessão americana é tema da série “La Jeunesse de Blueberry” – “A Juventude de Blueberry”;

5 Além da Construção da Estrada de Ferro Transcontinental, outros acontecimentos históricos são narrados na série “Blueberry” como As Guerras Indígenas, A Mina do Alemão Perdido, O Tesouro dos Confederados, O Crepúsculo da Nação Apache, O Duelo do OK Corral e mais aqueles da série “A Juventude de Blueberry”.

6 Diversos personagens históricos participam das histórias da série “Blueberry”, como General Grenville Mellen Dodge, Presidente Ulysses Simpson Grant, General George Armstrong Custer (tipificado pelo General Allister, o General “Cabeça Amarela”), os chefes indígenas Cochise, Vittorio, Gerônimo, entre outros, Wild Bill Hickock (James Butler Hickok), e os protagonistas do Duelo do O.K. Corral - os Irmãos Earp (Wyatt, Virgil e Simon), Doc Holliday, os Irmãos Clanton (Billy e Ike), os Irmãos McLowery (Frank e Tom); Jean Giraud não incluiu Morgan Earp, que participou do famoso duelo, assim como Johnny Ringo (John Ireland), da gangue dos Clanton, cujo nome foi emprestado ao também pistoleiro Johnny Ringo, um psicopata que se intitula, no Ciclo Mister Blueberry (também chamado de Ciclo Tombstone e Ciclo OK Corral), de “Filho do Dragão Vermelho”.

7 As duas primeiras pranchas de “Fort Navajo”, a primeira história do Tenente Blueberry, foram publicadas na revista semanal “Pilote” Nº 210, de 31 de outubro de 1963, da editora Dargaud Éditeur;

8 Em 1976, a Editora Abril lançou o álbum “O Homem da Estrela de Prata”, a cores, em duas versões de capa - flexível e dura;

9 Em 1980, a Editora Vecchi publicou, em preto e branco, os álbuns “Forte Navajo, uma Aventura do Tenente Blueberry” nº 1 “Forte Navajo” e nº 2 “Tempestade no Oeste”;

10 Em 1990, a Editora Abril retomou a publicação do Tenente Blueberry com a história “Forte Navajo” no volume 21 da série “Graphic Novel”. De outubro do mesmo ano a janeiro de 1991, a editora publica a série “Blueberry”, a cores, do número 1 ao 4 que perfazem, juntamente com “Forte Navajo”, o Ciclo Forte Navajo. As Primeiras Guerras Indígenas. Em 1992, a editora prosseguiu Blueberry em uma nova série, em preto e branco, intitulada “Tenente Blueberry”, que perdurou 4 álbuns, começando com “O Homem da Estrela de Prata” até “A Pista dos Sioux” – nesse último chegou a ser anunciado “General Cabeça Amarela” que concluiria o Ciclo do Cavalo de Ferro. As Segundas Guerras Indígenas;

11 Em 2006, Blueberry voltou a cavalgar no Brasil, na ocasião pela editora Panini Comics, que publicou o ciclo Mister Blueberry. O Rei do Pôquer em três álbuns, em cores, na série “Blueberry”, sendo os dois primeiros dípticos - “Mister Blueberry” e “Sombras sobre Tombstone” (julho de 2006); “Gerônimo, o Apache” e “OK Corral” (setembro de 2006) – e “Dust” (janeiro de 2007);

12 Mike Steve Donovan, apelido de Michael Stephen Donovan, o Tenente Mike Steve Blueberry;

13 Extrato da divisão da meia-prancha 45 de “L’Homme à l’étoile d’argent” – “O Homem da Estrela de Prata”;

14 As vinhetas 1 e 2 da prancha 9 de “Blueberry” nº 21 “La Dernière carte” – “A Última Cartada”;

15 Jean Giraud assinava Gir nas histórias em quadrinhos western e Moebius naquelas de ficção científica.



Divisão da meia-prancha 45 de “L’Homme à l’étoile d’argent” por
Charlier e sua tradução gráfica por Gir. Página 36 do livro
“Il était une fois Blueberry”, Daniel Pizzoli, Dargaud Éditeur, 1995.

 
A série “Blueberry” foi criada por Jean-Michel Charlier e Jean Giraud.
Blueberry © Jean-Michel Charlier / Jean Giraud – Dargaud Éditeur
 
Afrânio Braga




domingo, 9 de abril de 2023

“Brett” nº 2 “Uma Balada para Simone Jules”

A capa.

“Brett” nº 2 “Uma Balada para Simone Jules”
Roteiro: Rodinério da Rosa
Desenhos: Moacir Martins e Luiz Gabriel
Capa: Moacir Martins
Gênero: Western
Formato: 16,0 X 22,0 cm
Páginas: 80 - em preto e branco
Papel: Offset 90 g
Língua: português
Lançamento: fevereiro de 2023
Contém uma história em quadrinhos curta de Alisson Affonso e uma entrevista com Carlo Ambrosini, roteirista e desenhista italiano, feita por Lu Vieira, ilustradora e tatuadora, em cuja Ambrosini fala de história em quadrinhos, cinema, cultura e como o cinema norte-americano influenciou o início das histórias em quadrinhos western italianas.
Editora: Saicã / Da Rosa Estúdio / Ultimato do Bacon


Moacir Martins, à esquerda, e Rodinério Rosa
em uma seção de autógrafos de “Brett” nº 2.


Lu Vieira, ilustradora e tatuadora, e Carlo Ambrosini, roteirista e desenhista.


Lu Vieira e Carlo Ambrosini em seu estúdio em Milão, Itália.


John Wayne, Charlene Holt e Robert Mitchum
em uma fotografia para o filme “El Dorado”, 1966.


Um desenho de Brett, Simone Jules e Chako inspirado,
por Moacir Martins, na fotografia, acima, dos três atores,
e publicado na folha de rosto do número 2 de “Brett”.


Extratos de “Brett” nº 2 “Uma Balada para Simone Jules”










A jovem Simone Jules gerencia um saloon em São Francisco, Califórnia, onde Brett e Chako vão parar por indicação de uma amiga. Simone sofre um atentado e ela tem todas as suas economias roubadas colocando em risco a continuidade do seu negócio. Ela busca o auxílio de Brett e Chako que saem em socorro da jovem e eles começam uma perseguição ao ladrão.

Tiroteios, assalto em trem, segredos e muita aventura no segundo volume de “Brett”. Simone Jules foi uma personagem real do período do meio oeste e, no final da história em quadrinhos, há um artigo sobre a vida dessa fascinante mulher.

Fontes: Texto e imagens do álbum: Rodinério Rosa. Fotografias: de dois dos autores em uma seção de autógrafos: Ernani Marchioretto; de Lu Vieira e Carlo Ambrosini: frontal: Antônio Mainieri; no estúdio: arquivo pessoal; dos três atores: divulgação.

O personagem Brett foi criado por Rodinério da Rosa e realizado graficamente por Cláudio Marzo.
“Brett” nº 2 “Uma Balada para Simone Jules” © 2023 Rodinério da Rosa / Moacir Martins / Luiz Gabriel – Editora Saicã / Da Rosa Estúdio / Editora Ultimato do Bacon
El Dorado © 1966 Howard Hawks / Paul Helmick / Leigh Brackett – Laurel Productions / Paramount Pictures

Afrânio Braga

Artigos do blogue Blueberry com Brett:






domingo, 2 de abril de 2023

Blueberry e Jimmy McClure por Denoël

 

BLUEBERRY E JIMMY McCLURE POR
DENOËL



Denoël

Né en 1970 à Versailles, Régis Parenteau-Denoël, après le CFT Gobelins, l’École de l'image, travaille dans le storyboard de séries tv animées. En 1997 il publie son premier album chez Glénat, “Ombres et Lumière”. En 2011, les éditions Une Idée Bizarre publient la suite “Sur les Pas dell'Arte”.

Depuis il enchaîne les albums historiques: “Cathelineau” (2013), “Herr Doktor” (2015), “Franz Stock” (2016), “Honoré d'Estienne d'Orves” (2017), “Maximilien Kolbe” (2019). Enfin la suite de “Herr Doktor – Un Destin sans retour” paraît en avril 2021 sous le label Plein Vent .

En 2020, en partenariat avec l'Association du Patrimoine d'Asnières, paraît une BD de 5 pages sur la création du château d'Asnières, à destination des scolaires et du grand public. Depuis de cette an, il a participé à de nombreux ateliers BD, concours, rencontres scolaires.

En 2022 sort “Chartres, Histoire d'une cathédrale” aux éditions l'Atlantide et la ville d'Asnières lui consacre une exposition au château dans le cadre des Journées du Patrimoine.

Son blog : www.rpdenoel.canalblog.com


As pranchas 14 e 15 de “Chartres, Histoire d'une cathédrale”.


Bibliographie

“Chartres, Histoire d’une cathédrale” (2022)
Scénario Jean-François Vivier / Dessins Denoël / Couleurs Joël Costes
Éditions L’Atlantide, 54 pages

“Dans les coulisses de Chartres, Histoire d’une cathédrale” (2022)
Tirage à 500 exemplaires grand format des crayonnés et planches encrées
Éditions L’Atlantide, 70 pages

“Herr Doktor, Un Destin sans retour” (2021)
Scénario de Jean-François Vivier / Dessins de Denoël / Couleurs de Joël Costes
Dyptique, 4 pages de cahier de croquis
Éditions Plein Vent, 112 pages

“Maximilien Kolbe, Un saint à Auschwitz” (2019)
Scénario de Jean-François Vivier / Dessins de Denoël / Couleurs de Joël Costes
Éditions Plein Vent, 46 pages
5 traductions (Pologne, USA, Brésil, Pays-Bas, République Tchèque)
Pour le Brésil, à paraitre chez Edições Cristo Rei (juin 2023)

“Honoré d’Estienne d’Orves, Pionnier de la Résistance” (2017)
Scénario de Jean-François Vivier / Dessins de Denoël / Couleurs de Joël Costes
Éditions Plein Vent, 46 pages

“Franz Stock, Passeur d’âmes” (2016)
Scénario de Jean-François Vivier / Dessins de Denoël / Couleurs de Joël Costes
Éditions Artège, 44 pages
A paraître prochainement en Allemagne aux éditions Bonifatius Verlag

“Herr Doktor, La Peste et le Choléra” (2015)
Scénario de Jean-François Vivier / Dessins de Denoël / Couleurs d’Anna
Éditions Artège, 54 pages

“Cathelineau” (2013)
Scénario de Coline Dupuy / Dessins de Denoël / Couleurs d’Anna
Éditions Artège, 54 pages

“Sur les Pas dell’Arte” (2011)
Scénario et dessins de Denoël
Tirage imité 300 exemplaires numérotés et signés, grand format noir et blanc, cahier de croquis
Éditions Une Idée Bizarre, 56 pages, epuisé

“Au Pas de l’Ane” (2005)
Album collectif
Éditions ANBD, 4 pages, epuisé

“La Fille aux Sortilèges” (1997)
Tome 1 “Ombres et Lumière”
Scénario / Dessins / couleurs de Denoël
Éditions Glénat, 46 pages, epuisé


As pranchas 28 e 29 de “Chartres, Histoire d'une cathédrale”.



Denoël

Nascido em 1970 em Versailles, França, Régis Parenteau-Denoël, após o diploma do CFT Gobelis, l’École de l’image, em Paris, trabalha nos storyboards de desenhos animados de séries televisivas. Em 1997, ele publica o seu primeiro álbum na editora Glénat, “Ombres et Lumière”. Em 2011, a editora Une Idée Bizarre publica a sequência “Sur les Pas dell’Arte”.

Depois ele encadeia os álbuns históricos: “Cathelineau” (2013), “Herr Doktor” (2015), “Franz Stock” (2016), “Honoré d'Estienne d'Orves” (2017), “Maximilien Kolbe” (Artège, 2019). Enfim, a sequência de “Herr Doktor – Un Destin sans retour”, publicado em abril de 2021 sob o selo Plein Vent.

Em 2020, em parceria com a Association du Patrimoine d'Asnières, França, ele publica uma história em quadrinhos, de 5 páginas, sobre a criação do castelo de Asnières, destinada aos estudantes e ao público em geral. A partir desse ano, ele participa de numerosas oficinas de história em quadrinhos, assessorias, encontros escolares.

Em 2022, sai “Chartres, Histoire d'une cathédrale” pela editora l’Atlantide e a cidade de Asnières consagra a ele uma exposição no plano das Journées du Patrimoine.


A página 63 de “Herr Doktor, Un Destin sans retour”.

Fonte: Régis Parenteau-Denoël.

A série “Blueberry” foi criada por Jean-Michel Charlier e Jean Giraud
Blueberry © Jean-Michel Charlier / Jean Giraud – Dargaud Éditeur

“Blueberry, il fratello francese di Tex”.

“Blueberry, o irmão francês de Tex”.

Sergio Bonelli

Editor e roteirista

Je remercie à Régis Parenteau-Denoël le dessin de Blueberry et Jimmy McClure, compagnons d’aventure, pour le blog Blueberry.

Eu agradeço a Régis Parenteau-Denoël pelo desenho de Blueberry e Jimmy McClure, companheiros de aventura, para o blogue Blueberry.

Afrânio Braga