sábado, 28 de maio de 2022

Blueberry por Hanco Kolk

Um cowboy e Mike Blueberry.


BLUEBERRY POR

 

HANCO KOLK


Hanco Kolk


Hanco Kolk (Den Helder, 1957) has been an awardwinning comic artist and author since 1984. He has explored the medium inside and out, fascinated by the scope and possibilities of graphic storytelling. His work varies from editorial illustrations to daily mainstream newspaper gags, from classic belgian-style slapstick to artistic graphic novel. Over the years he has gained an international following.

Gilles de Geus was his first series, made together with friend and collaborator Peter de Wit. Soon after, he developed a totally different style for Meccano, a series that enabled him to experiment technically and story-wise with each new volume he created. Again with Peter de Wit, he makes a daily gag called S1ngle for a dozen newspapers in the Netherlands.


Although his approach and techniques are touching a wide scope of genres, the Kolk-signature is always visible. His lines have an elegant sensuality and simplicity, his humour is quirky and sometimes downright bizarre.


But always You see the hunger and the need to connect with the reader.



“The most impressive invention of mankind is capturing reality on a rock with a line.”

Hanco Kolk



Um cowboy e Mike Blueberry.



Hanco Kolk

Hanco Kolk (Den Helder, Holanda, 1957) tem sido um premiado artista de histórias em quadrinhos e autor desde 1984. Ele tem explorado o ambiente interior e o espaço aberto, fascinado pelo âmbito e as possibilidades da narração gráfica de histórias. O seu trabalho varia de ilustrações editoriais a anedotas diárias da tendência atual para jornais, do clássico estilo belga de comédia à artística graphic novel. Através dos anos ele tem ganhado seguidores internacionais.

“Gilles de Geus” foi a sua primeira série, feita junto com o amigo e colaborador Peter de Wit. Logo depois, ele desenvolveu um estilo totalmente diferente para “Meccano”, uma série que possibilitou a ele experimentar tecnicamente e narrativamente em cada novo volume por ele criado. Outra vez com Peter de Wike, ele faz uma anedota diária chamada “S1ngle” para uma dúzia de jornais nos Países Baixos.

Conquanto sua abordagem e técnicas estejam tocando uma vasta extensão de gêneros, a assinatura Kolk é sempre visível. As suas linhas têm uma elegante sensualidade e simplicidade, o seu humor é peculiar e, às vezes, totalmente bizarro.

Mas sempre você vê o desejo e a necessidade de se conectar com o leitor.



“A invenção mais impressiva da humanidade é capturar a realidade em uma rocha com uma linha.”
Hanco Kolk

Fontes: Hanco Kolk e https://hancokolk.com/

A série “Blueberry” foi criada por Jean-Michel Charlier e Jean Giraud
Blueberry © Jean-Michel Charlier / Jean Giraud – Dargaud Éditeur

I thank Hanco Kolk for drawing Blueberry, adventurer in the Wild West, for the blog Blueberry.
Eu agradeço a Hanco Kolk pelo desenho de Blueberry, aventureiro no Velho Oeste, para o blogue Blueberry.

Afrânio Braga

Artigo publicado também em Tex Willer Blog em 01/04/2021


domingo, 22 de maio de 2022

A casa da família Bates, de “Psicose”, em “Blueberry”

 Para Moebius
10 de março de 2012




Notícias estão irrompendo através da Internet que Jean Giraud Moebius, artista de histórias em quadrinhos, morreu à idade de 73 anos. Aqui está um link para o obituário, em língua francesa, de “Le Monde”. Eu queria ter encontrado Giraud, eu queria dizer a ele o quê a sua bizarra, sexy, visceral e, enfim, curadora visão do (s) mundo (s) tem significado para mim. Eu escrevi alguns artigos sobre Moebius para “The Panelists”, e um está abaixo, sobre uma vinheta de “Blueberry” álbum “The Outlaw”1 (1974). Esse artigo foi originalmente postado em 6 de janeiro de 2011.


A Casa do Gênero

Originalmente de “Le Hors-la-loi”1 (“The Outlaw”, Dargaud, 1974), escrito por Jean-Michel Charlier e desenhado por Jean “Moebius” Giraud. A vinheta acima é da versão da Marvel/Epic de “The Outlaw” em “Blueberry 2: Ballad for a Coffin” (1989).


…tempo de desenhar o próximo quadro. Nessa vinheta, Mike Blueberry cavalga seu cavalo para a decadente casa de Guffie Palmer.


Você começa desenhando levemente Blueberry e a cabana abandonada em primeiro plano e a casa de Guffie em segundo plano. Enquanto você aperta seu lápis, você, divertidamente, decide desenhar a “espelunca” de Guffie similar à mansão Bates em “Psicose”. Os fãs de cinema que leem “Blueberry” em busca de alusões aos westerns de Ford, Peckinpah e Leone2 certamente perceberão esse aceno a Hitchcock. Uma vez que os principais elementos da composição estão claramente definidos, você faz a transição para a tinta, usando linhas de pincel para indicar as texturas de diferentes superfícies: pense em plumagem nas rochas, e mais pesado, linhas flexíveis na madeira da cerca e da viga. Você move o seu pincel através da vinheta, adicionando pedaços de capim a terra, e manchas pretas em Blueberry e seu cavalo, e o céu rasgado por um raio atrás da casa. Detalhes se acumulam. Você conscientemente emula Hal Foster, Burne Hogarth e outros artistas de história em quadrinhos de aventura em sua tentativa de criar uma cena que é simultaneamente realista e dramática.


A cena é bela, mas você está, curiosamente, insatisfeito por sua beleza. Quando você começou “Blueberry”, dez anos atrás, você dedicou infindáveis horas para aprimorar seu ofício, mesmo quando a trama de Charlier se tornou mais barroca, mais complexa. Você escreveria mais tarde que “Eu penso que eu estava no auge da minha forma, ao menos em termos de estímulo e satisfação que eu obtive com as histórias anteriores, “The Lost Ducthman’s Mine”3 e “The Ghost with the Golden Bullets”4. Agora eu me sentia como um vencedor de maratona que acabou de cruzar a linha de chegada e que dizem que ele deve correr novamente e novamente. Eu tive uma sensação de frustração, de estar preso.” Você despejou o seu entusiasmo juvenil em uma série que você superou, a sua vocação se tornou um trabalho e, às vezes, uma obrigação. Você fica irado e deprimido quando você pensa sobre desenhar cowboys, cavalos, casas mal-assombradas, alegorias do gênero e tramas de tabuleiro de xadrez para o resto de sua carreira.




Então você decide fugir para fora da caixa e reinventar a si mesmo com um novo pseudônimo, “Moebius”. Você muda o seu estilo de arte e você escreve roteiros confusos. Desviando de um enredo linear se torna um sintoma de abençoada liberdade.

 

O seu coração flui através de suas imagens outra vez. Você divide a sua carreira em duas: como Moebius, você explora novos caminhos com novos colaboradores (particularmente Alejandro Jodorowsky), mas você também continua o trabalho com Charlier, parcialmente porque “Blueberry” é a fonte de rendimento que subsidia a rebelião de Moebius5. Mas depois que Moebius se tornou mundialmente famoso, e mesmo depois da morte de Charlier em 1989, você continua contando novas histórias sobre Mike Blueberry. Você cavalga de volta para a casa mal-assombrada, a Casa do Gênero6, você se sente tão compelido a escapar. Por quê? Você está levando às escondidas um pouco da sensibilidade de “El Topo” para o mundo Ford/Peckinpah/Leone de “Blueberry”? Ou os westerns - e os gêneros populares em geral - significam mais para você do que você jamais imaginou?

Craig Fischer


For Moebius © Craig Fischer – Fischer on Comix 2012
The House of Genre © Craig Fischer - The Panelists 2011

N. C.:

1 “The Outlaw”. A história “L’Outlaw” foi pré-publicada em “Pilote” do nº 700, 5 de abril de 1973, ao nº 720, 23 de agosto de 1973, e um anúncio no nº 699 da revista semanal, e lançada em álbum com o título em francês “Le Hors-la-loi”, em 1974.

2 Ford, Peckinpah e Leone. John Ford, Sam Peckinpah e Sergio Leone, diretores de filmes western que inspiraram Jean-Michel Charlier, criador literário de Blueberry, em muitos dos roteiros da série “Blueberry”.

3 “The Lost Ducthman’s Mine”. Episódio pré-publicado em “Pilote” do nº 497, 15 de maio de 1969, ao nº 519, 16 de outubro de 1969, mais uma capa no nº 497; lançado em álbum, em 1972, com o título “La Mine de l’Allemandu perdu” (“A Mina do Alemão Perdido”).         

4 “The Ghost with the Golden Bullets”. Episódio pré-publicado em “Pilote” do nº 532, 15 de janeiro de 1970, ao nº 557, 9 de julho de 1970, mais um anúncio no nº 531, 8 de janeiro de 1970, e duas capas nos nº 532 e nº 555, 25 de junho de 1970; lançado em álbum, em 1972, intitulado “Le Spectre aux balles d’or” (“O Espectro das Balas de Ouro”).

5 Jean Giraud utilizou dois nomes artísticos: Gir, para as histórias em quadrinhos western, e  Moebius para as histórias em quadrinhos de ficção científica, super-heróis e afins.

6 Casa do Gênero. A decadente casa de Guffie Palmer é chamada de Casa dos Anjos e está localizada nos arredores de Santa Fé, Novo México, Estados Unidos da América.


Agradecimento a Craig Fisher.


A CASA DA FAMÍLIA BATES, DE

“PSICOSE”,

EM “BLUEBERRY”



A casa da família Bates no filme “Psycho” (“Psicose”, título no Brasil).


A prancha 22 de “Le Hors-la-loi” (“O Fora-da-lei”),

volume 16 de “Blueberry”, em preto e branco.



A casa da família Bates em “Psicose”.


A prancha 22 de “Le Hors-la-loi” em cores.


A prancha 22A de “Le Hors-la-loi” de uma edição holandesa.


House by the Railroad, Edward Hopper, 1925.


Lobby card de “Psycho”, 35x28 cm, Paramount, 1960.
A casa do filme foi inspirada na casa da pintura de Hopper.


A série “Blueberry” foi criada por Jean-Michel Charlier e Jean Giraud.
Blueberry © Jean-Michel Charlier / Jean Giraud – Dargaud Éditeur

Psycho © Alfred Hitchcock / Shamley Productions - Universal Pictures 1960


“Psicose”: como Alfred Hitchcock quebrou as barreiras entre terror e suspense no clássico de 1960?

 

O cineasta britânico "não apenas criou o horror moderno, como o validou"

 

LORENA REIS PUBLICADO EM 01/06/2020, ÀS 07H00


Janet Leight em Psicose (Fotografia: Reprodução via IMDB)


"Phoenix, Arizona. Sexta-feira, 11 de dezembro. Duas e quarenta e três da tarde."

 

É assim que Alfred Hitchcock introduziu o público ao que - mais tarde - se tornaria um dos maiores clássicos do cinema: “Psicose”. Por mais que você nunca tenha assistido à renomada obra de 1960, provavelmente já leu ou entreouviu conversas que comprovassem sua importância para a sétima arte.



Não há a menor dúvida de que Hitchcock foi um dos pioneiros do cinema moderno. A partir de filmes que, na época, manipulavam toda uma audiência, ele quebrou as barreiras entre terror e suspense, desvendando, ainda, partes obscuras da psique humana.

De acordo com o website norte-americano Rotten Tomatoes, o cineasta é “imortal”, pois contribuiu imensamente com o terror e seus subgêneros. “Hitchcock não apenas criou o horror moderno, ele o validou”, consentiram os especialistas.


Enquanto o filme foi disponibilizado pela Netflix no final de maio, a Rolling Stone Brasil listou os principais motivos para você assistir (ou relembrar) “Psicose”. Confira abaixo:


Grande obra de Alfred Hitchcock


Antes de falar sobre “Psicose”, precisamos, é claro, falar sobre o homem que esteve por trás da obra: Alfred Hitchcock. Conhecido como o “Mestre do Suspense”, ele comandou os maiores filmes de mistério da história e, portanto, foi eleito o maior cineasta do mundo pela revista Entertainment Weekly em 1996 e o maior cineasta da Grã-Bretanha pelo jornal The Telegraph em 2007. 

Do movimento calculado das câmeras às trilhas sonoras assustadoras, Hitchcock revelou técnicas surpreendentes (muitas delas inéditas) à Academia, que serviram e ainda servem de base para cineastas do mundo todo.


A genialidade do roteiro

A princípio, o roteiro de “Psicose” seria adaptado pelo escritor da série “Alfred Hitchcock Presents” (1955-1965), James P. Cavanagh. No entanto, Hitchcock não se impressionou com o rascunho de Cavanagh, que lhe parecia “monótono” demais, como revelado a um assistente. Assim, após uma conversa inspiradora, Hitchcock contratou o escritor Joseph Stefano, que era novo no ramo, mas havia assinado o roteiro de “A Orquídea Negra”, em 1958.


Filme de baixo orçamento

Hitchcock produziu “Psicose” com um caixa de US$ 800 mil (o equivalente a cerca de R$ 4 milhões). O valor era baixo para os filmes de Hitchcock - e extremamente baixo em contraponto ao faturamento de US$ 50 milhões (mais de R$ 260 milhões) que ele obteve. Sem dinheiro, o cineasta contratou uma equipe reduzida de TV e assumiu as filmagens em preto e branco, apenas para diminuir as despesas. 


Elenco


A atriz Janet Leigh sempre foi a primeira escolha de Hitchcock para o papel de Marion Crane, mas ela receberia um quarto do salário ao qual estava habituada. Como plano b, c, d, nomes como Angie Dickinson, Shirley Jones e Lana Turner foram considerados, mas, felizmente, Leigh embarcou no projeto. Enquanto isso, Norman Bates, que, no livro, era um homem obeso, foi vivido por Anthony Perkins, pois Hitchcock o queria mais bonito e menos assustador. O olhar inocente do ator desmentia a natureza violenta do personagem, levando o público a simpatizar com ele.

Vera Miles, John Gavin e Martin Balsam também fazem parte do elenco.


Baseado em fatos reais 


O filme “Psicose” é baseado no romance homônimo de Robert Bloch, que acompanha uma história verídica. A trama de Norman Bates, na verdade, foi baseada na vida de Ed Gein, um assassino em série responsável pelo desaparecimento de vizinhos e mulheres inocentes na cidade rural de Plainfield.

 

Condenado pelo homicídio de duas pessoas, o tribunal o considerava mentalmente incapaz. Em 1968, Gein foi transferido para um hospital psiquiátrico em Wisconsin, onde faleceu em 1984, vítima de falha cardíaca e respiratória.


Explora a mente humana 

Norman Bates é considerado o segundo maior vilão do cinema pelo Instituto Americano do Cinema (AFI) - atrás apenas de Hannibal Lecter em “O Silêncio dos Inocentes”, que, curiosamente,  também foi inspirado em Ed Gein. Ele revela um grande desvio em seu desenvolvimento psicossexual, desenvolvendo uma obsessão patológica pela figura materna. Impossibilitado de tê-la como objeto de desejo, o gerente do hotel desenvolve um transtorno mental aparentemente irreversível, passando a dividir a própria personalidade com a de Norma Bates.


Inicialmente rejeitado pela Paramount

O projeto de Hitchcock foi inicialmente rejeitado pela Paramount Pictures, que se recusou a comprar os direitos do livro de Bloch. Sentindo-se desprezado, o cineasta adquiriu o material por US$ 9,5 mil e contratou Cavanagh para roteiriza-lo. Pouco tempo depois, já com Stefano na equipe, Hitchcock se voltou à Paramount novamente, aceitando produzir o filme por uma pequena fração de seu custo habitual. Mesmo assim, o estúdio hesitou em atendê-lo. Ainda mais frustrado, ele fechou um acordo com a Universal Pictures, enquanto sua própria empresa, Shamley Productions, assumiu US$ 1 milhão do custo do filme.


Fotografia em preto e branco


Além de ser um recurso mais acessível, como mencionado anteriormente, a fotografia em preto e branco certamente define a qualidade visual de “Psicose”. Hitchcock também acreditava que algumas cenas teriam sido violentas demais para o público caso fossem coloridas, como a famosa “cena do chuveiro”, principalmente porque eram evocativas o suficiente para que muitas pessoas preenchessem os detalhes do filme com a própria imaginação. É considerada até hoje uma das cenas mais aterrorizantes do cinema, muito pela sucessão de corte rápidos, trilha sonora e som da faca. O terror, aqui, está no oculto, pois em nenhum momento vemos a faca tocar a vítima, mas temos a sensação de que ela foi dilacerada.


The Shower - Psycho (5/12) Movie CLIP (1960) HD



Trilha sonora de Bernard Herrmann


É quase impossível lembrar de “Psicose” sem a icônica trilha sonora de Bernard Herrmann. O AFI concorda, classificando-a como a quarta das melhores trilhas já feitas - atrás de “Star Wars”, “E o Vento Levou” e “Lawrence da Arábia”. A parceria foi perfeita. De acordo com Herrmann, Hitchcock queria que a cena de Janet Leigh tomando banho - ou seja, o clímax da história - fosse desenvolvida em som ambiente. O músico discordou e compôs o segmento enquanto o cineasta estava na Europa. Hitchcock voltou para os Estados Unidos e disse: “Bem, claro, você está certo!”.

Bernard Herrmann - Psycho (theme)


Campanha promocional


Desde o início, Alfred Hitchcock queria que as reviravoltas de “Psicose” fossem mantidas em segredo. Por isso, ele pediu à sua assistente, Peggy Robertson, que comprasse o máximo de cópias possível do romance de Bloch - e ela o fez. No primeiro dia de filmagens, a equipe inteira teve que fazer um juramento, no qual se comprometiam a não comentar sobre o filme com ninguém que não fizesse parte da equipe e, mesmo assim, o final do roteiro foi revelado somente no último segundo. O melhor de tudo é que Hitchcock proibiu que qualquer pessoa entrasse nas salas de cinema depois que o filme tivesse começado, pois a experiência deveria ser vivida do início ao fim.

Psycho (1960) Theatrical Trailer - Alfred Hitchcock Movie


Estreia e bilheteria


“Psicose” foi inicialmente subestimado pelos críticos, que não pouparam as ofensas. Bosley Crowther, do “The New York Times”, classificou o filme como "um trabalho obviamente sem verba", enquanto outros veículos disseram que ele "manchava a carreira honrosa de Hitchcock". Por outro lado, o público formava filas milimétricas para vê-lo, fazendo de “Psicose” o filme, de longe, mais lucrativo da carreira do cineasta. 

Fonte: Rolling Stones Brasil

Psicose: como Alfred Hitchcock quebrou as barreiras entre terror e suspense no clássico de 1960? © Lorena Reis – Editora Perfil 2020
A revista “Rolling Stones Brasil” é uma publicação da Editora Perfil do Grupo Perfil Brasil.

Agradecimento à Editora Perfil, do Grupo Perfil Brasil, pela gentil permissão de publicação do artigo Psicose: como Alfred Hitchcock quebrou as barreiras entre terror e suspense no clássico de 1960? da revista Rolling Stones Brasil no blogue Blueberry. 


Cartaz de divulgação do filme “Psycho”.


Cartaz de divulgação do filme “Psycho”.


Los Angeles, Califórnia, Estados Unidos da América.

Sexta-feira, 29 de janeiro de 1960.

Alfred Hitchcock no set de filmagem de “Psycho”.



Imagens © As empresas, os autores e os seus herdeiros legais

Afrânio Braga




domingo, 15 de maio de 2022

Tex Willer, Kit Carson, Jack Tigre e Kit Willer de Giuseppe Candita

Da esquerda para a direita: Kit Willer, Tex Willer, Kit Carson e Jack Tigre.


TEX, CARSON, JACK TIGRE E KIT DE
GIUSEPPE CANDITA



Giuseppe Candita

Ele nasce em Cittiglio na província de Varese, Itália, em 16 de abril de 1978.

Desde pequeno ele sonha tornar-se um desenhista de histórias em quadrinhos e à idade de 28 anos ele estreia com a sua primeira história para a editora Edizioni Star Comics na série “Lazarus Ledd”.

No mesmo ano, ele ilustra uma história de terror para a editora Narwain (Estados Unidos da América) publicada em “Brian Yuzna’s Horrorama”. Sucessivamente, ele prossegue a colaboração com a editora Edizioni Star Comics nas coleções “Jonathan Steele”, “Nemrod”, “Factor V” e “San Michele”, além de tornar-se o capista de “Legion 75”.

De 2010 a 2014, ele trabalha no mercado franco-belga, para a editora Zephyr Éditions (agora Dupuis), desenhando a série “Korea”.

Em 2013, ele estreia na editora Sergio Bonelli Editore no “Almanacco del Giallo” da série em história em quadrinhos “Julia” e ele continua a colaboração até 2019 ilustrando sete histórias da criminóloga.

Em 2018, ele entra no staff de “Tex” desenhando uma história para o “Color Tex”.

Em 2019, ele ilustra uma história para a nova minissérie de “Zagor”: “Le origini della vendetta”.

Em 2021, ele estreia na série regular “Tex” nos números 724 e 725 com a história "Shaolin - Il monaco guerriero".

Atualmente, ele está trabalhando em uma história de “Tex”.

Fonte: Giuseppe Candita.


O personagem Tex foi criado por Giovanni Luigi Bonelli e realizado graficamente por Aurelio Galleppini
Tex © Sergio Bonelli Editore

Eu agradeço a Giuseppe Candita pelo desenho de Tex Willer, Kit Carson, Jack Tigre e Kit Willer, companheiros de aventura, para o blogue.

Afrânio Braga
 
Artigo publicado também em Tex Willer Blog


domingo, 8 de maio de 2022

Exposição L’Elixir du Docteur Gir/Moebius na Galeria Arludik

 


EXPOSITION DE DESSINS ORIGINAUX
L’ELIXIR DU DOCTEUR
GIR/MOEBIUS
 
De 4 de março a 24 de abril de 2004
Galeria Arludik
Paris, França


L’ELIXIR DU DOCTEUR GIR/MOEBIUS

 

 

 

Saudados no mundo inteiro, os mundos que Gir-Moebius tem entregado ao     público não sofrem de equivalente. Hoje, ele escolheu expor os desenhos inéditos e as artes-finais originais em grande formato na galeria Arludik.

Jean Giraud, aliás, Moebius, não está próximo a uma lenda. Melhor, o mestre janusiano ainda sabe ser o arquiteto! No panteão internacional dos criadores de universos, o desenhista se instalou na primeira fileira, e isso sem ter que abrir caminho a cotoveladas. Basta lançar um olhar sobre a sua produção para estar maravilhado pela limpidez de seu traço. Quer ele faça história em quadrinhos, quer ele colabore em longas-metragens, quer ele se dedique à pintura abstrata ou ainda a filmes de animação, o universo de Moebius/Gir está em constante extensão...

Há quarenta anos, sobre um roteiro de Jean-Michel Charlier, nascia Mike Steve Donovan, personagem de história em quadrinhos fora do formato, profundamente humano e demais indisciplinado para se enclausurar no estardalhaço próprio dos heróis das grandes planícies. Interlope de coração, Blueberry ama a diferença, os inimigos jurados do General Custer, as moças de saloon, as segundas facas.

Inédito: enquanto na sua longa carreira, o artista sempre exprimiu a vontade de instalar duas facetas distintas e complementares ao seu universo, “OK Corral” (27° tomo da série “Blueberry”), marca o fim de um ciclo e a chama de um renascimento. Aqui, ubiquidade obriga, o artista formula, com uma naturalidade desconcertante, uma nova linha gráfica, criando a fusão perfeita entre a pena western de Gir e aquela definitivamente ficção científica de Moebius. Verdadeiro passaporte para um futuro já em construção, ele e seu duplo jubiloso, insaciável, obsessivo na necessidade de criação.

Hoje, esse artista incontornável escolheu a Galeria Arludik para apresentar uma série de obras inéditas em grande formato.

Investindo no espaço, ele faz a ligação entre e o western e o sagrado. Que outro além de ele teria podido lançar essa ponte com tanta legitimidade?


EVENTO: 7 DESENHOS DE MOEBIUS E GEOF DARROW

Hoje, Geof Darrow é conhecido, sobretudo, por sua participação no universo doravante culto de “Matriz”. Mas resumir o seu talento a esse tríptico cinematográfico será um erro grosseiro. De fato, como esquecer que ele foi animador em Hanna-Barbera? E como desconhecer o seu trabalho na série “Hard Boiled” ao lado do genial Frank Miller?

A sua história com Moebius começa em 1982 quando esse último acaba de ser solicitado para elaborar, com outros autores, o universo do design do filme hollywoodiano “Tron” para a Disney. Em uma comunidade de espírito ligada ao traço, os dois criadores iniciam naturalmente uma colaboração dedicada a um belo destino. Em 1984, eles imaginam a concepção de um portfólio que fará data: “La Cité de Feu”. Para a ocasião, Darrow realiza sete grandes desenhos em papel vegetal que Moebius arte-finaliza e depois coloca em cores. Magnificamente colocada em imagem, a obra está há muito tempo esgotada! Doravante amigos, ele trabalharão juntos ainda dois anos no seio das edições Aedena...

Excepcional: 20 anos após a publicação de “La Cité de Feu”, a galeria propõe uma reedição desse trabalho mítico em tiragem numérica em grande formato, assinada, limitada e numerada em 8 exemplares.


BIOGRAFIA DE JEAN GIRAUD

1938. Nascimento de Jean Giraud, em 8 de maio, em Nogent-sur-Marne, França.
1965. Publicação em álbum do primeiro volume das aventuras de Blueberry.
1975. A revista “Métal Hurlant” é criada por Moebius, Druillet, Dionnet e Farkas. Publicação de Arzach.
1979. Moebius trabalha para o cinema: ele desenha o figurino de “Alien” de Ridley Scott.
1980. Uma colaboração inacabada com Jodorowsky (adaptação cinematográfica de “Dune”) desemboca sobre a criação de uma série desenhada, “Le Aventures de John Difool” ou “L’Incal”. Presentemente, Moebius é tão célebre quanto Giraud.
1984. Giraud/Moebius se muda para Los Angeles. Lançamento quase simultâneo, em Los Angeles, de Starwatcher, sociedade que assegura a tradução da obra de Moebius que é publicada pela prestigiosa Marvel Comics.
1985. Ele recebe o prêmio das Arts Graphiques.
1987. Colaboração no filme “Willow”, de George Lucas e Ron Howard.
1988. Moebius realiza para a Marvel um episódio do mítico Surfista Prateado, sobre um roteiro de Stan Lee. Ele trabalha em “Abyss” (“O Segredo do Abismo”, título no Brasil), de James Cameron. Tudo isso não impede, de forma alguma, Giraud de reentrar na França.
1989. A série “Blueberry”, que ele retomara em 1979, está em choque: Jean-Michel Charlier acaba de falecer. Giraud decide prosseguir a série só, assegurando doravante o roteiro.
1997. Concepção dos cenários de “Le Cinquième Element” (“O Quinto Elemento”, título no Brasil), de Luc Besson, com Jean-Claude Mézières.
1999. Inauguração, em San Francisco, de Garage Hermétique, atração concebida por Moebius para Sony. Exposição de cadernos e croquis no Espace Cartier, em Paris.
2000. Uma imensa exposição presta homenagem a Giraud/Moebius no Musée de la Bande Dessinée d’Angoulême.
2003. Aniversário dos 40 anos de Blueberry.
2004. Estreia do filme “Blueberry, l’expérience secrete” (“Blueberry. Desejo de Vingança”, título no Brasil).

 

 

 

SANTA FÉ 1885
Pastel e lápis de cor
58x77 cm


GRAND JUNCTION 1870
Pastel e lápis de cor
49x63 cm


FORT BOWIE 1877
Pastel e lápis de cor
49x63 cm


MOUNT GRAHAM 1885
Pastel e lápis de cor
49x63 cm


TOMBSTONE 1881
Pastel e lápis de cor
49x62 cm



DENVER 1872
Pastel e lápis de cor
49x63 cm


ALBUQUERQUE 1872
Nanquim sobre papel
63x48 cm


FORT YUMA 1876
Pastel e lápis de cor
49x63 cm


DODGE CITY 1880
Pastel e lápis de cor
49x64 cm


WHITEWATER 1872
Pastel e lápis de cor
55x75 cm


JOHN DIFOOL
Pastel e lápis de cor
55x75 cm


TAOS 1870
Pastel e lápis de cor
55x38 cm


FORT PEAKS 1883
Pastel e lápis de cor
55x38 cm


SAINT LOUIS 1877
Pastel e lápis de cor
49x63 cm


GHOST DANCE
Nanquim sobre papel
44x59 cm


MIKE AND PEARL
Nanquim sobre papel
49x63 cm


DON GENARO
Nanquim sobre papel
49x63 cm


DALLAS 1882
Pastel e lápis de cor
48x63 cm


EL PASO 1870
Pastel e lápis de cor
56x77 cm


DESERT B
Nanquim sobre papel
64x49 cm


LA CITÉ DE FEU :
L’Umbrelle
Tiragem numérica fine art


LA CITÉ DE FEU :
La garage
Tiragem numérica fine art


LA CITÉ DE FEU :
Oiseau rose
Tiragem numérica fine art


LA CITÉ DE FEU :
La rue
Tiragem numérica fine art


LA CITÉ DE FEU :
L’Orquestre
Tiragem numérica fine art


LA CITÉ DE FEU :
Métro
Tiragem numérica fine art


LA CITÉ DE FEU :
Le balcon
Tiragem numérica fine art


HOMMAGE À ARZAK
Pelo escultor Chen – 90 cm


Fontes: Texto: Galeria Arludik. Imagens: Erick Tavernier, Galeria Arludik, Internet e JML.

Exposição de desenhos originais “O elixir do doutor Gir/Moebius”.
A série “Blueberry” foi criada por Jean-Michel Charlier e Jean Giraud.
O personagem Arzack foi criado por Moebius.

Exposition de dessins originaux L’Elixir du docteur Gir/Moebius © 2004 Jean Giraud Moebius / Geof Darrow – Galerie Arludik
Blueberry © Jean-Michel Charlier / Jean Giraud – Dargaud
Arzack © Moebius – Moebius Production

Agradecimentos a Galeria Arludik, Erick Tavernier e JML.

Afrânio Braga