Cisco Kid está de volta com arte de
Salinas primorosamente restaurada.
A OBRA INAUGURA O SELO EDITORIAL SUPER-X,
ESPECIALIZADO EM QUADRINHOS CLÁSSICOS.
Francisco Ucha e Toni
Rodrigues estão por trás do projeto e
prometem trazer também trabalhos de Frank Frazetta e Warren Tufts.
Em 6 de julho de 2023, a
#LivedeQuadrinhos (youtube.com/livedequadrinhos) apresentou um novo selo
editorial especializado em quadrinhos clássicos, Super-X, que trouxe de
volta um dos maiores clássicos dos quadrinhos em todo mundo: Cisco Kid de José Luis Salinas, um
gigante dos quadrinhos argentinos.
No Brasil, o Cisco Kid, de
Salinas, começou a ser publicado pela Editora Brasil-América - EBAL no Almanaque de Álbum Gigante para 1953 (que saiu no final de 1952) com as
primeiras duas histórias da série. Mas o personagem foi publicado também em
vários jornais pelo país e, ao longo dos anos, passou por diversas editoras,
maiores e menores, como a GEA (Grupo de Editores Associados), a RGE (Rio
Gráfica e Editora) e a Vecchi. Sua última publicação entre nós foi num álbum com
lombada quadrada e formato magazine lançado pela editora gaúcha LP&M em
setembro de 1987.
Agora, 36 anos depois, Cisco Kid
retorna num álbum de luxo que o selo editorial Super-X está lançando – Lucy,
Flor Rubra & Belle –, com as primeiras tiras diárias publicadas nos
Estados Unidos de 15 de janeiro a 13 de outubro de 1951 e roteiro de Rod Reed.
Mas, o destaque desta edição é o alto
nível de qualidade do trabalho de restauração das tiras desenhadas por Salinas,
realizadas em Portugal pelo especialista em tratamento de imagens Manuel Caldas.
Um dos principais profissionais da área do mundo, reconhecido por seu trabalho meticuloso,
Manuel Caldas já restaurou mais de seis mil páginas de histórias em quadrinhos
clássicas, incluindo todas as quase 1800 pranchas a preto e branco do Príncipe
Valente, de Hal Foster, que considera a sua maior e mais querida obra que ele
restaurou, além de séries como Tarzan, Krazy Kat e trabalhos do grande artista
português Eduardo Teixeira Coelho, e também Johnny Comet, de Frank
Frazetta, título que o selo editorial Super-X vai lançar em seguida.
Então, esqueça tudo o que já foi
publicado no Brasil com Cisco Kid. Nada será próximo, em termos de
qualidade de reprodução da arte de Salinas, do que este álbum que Super-X
colocou em financiamento coletivo a partir do dia 8 de julho no site do Catarse,
com uma resolução de imagens que irá valorizar o traço elegante do mestre argentino.
José Luis
Salinas.
Um espetáculo à parte
Salinas estava em seu auge criativo
quando começou a desenhar Cisco Kid para a King Features Syndicate e
cada tira é um espetáculo à parte. Seguindo orientações, ele baseou seu
trabalho na famosa série da TV do herói, mas Salinas melhorou muito o aspecto
visual do personagem - seu Cisco era baseado no do ator Duncan Renaldo, que
ficou famoso protagonizando o personagem na TV. Mas Renaldo, que tinha 46 anos
na época, nunca foi tão bonito ou atlético quanto o Cisco de Salinas. Não é à
toa que as mulheres que aparecem na série em geral se apaixonam pelo belo
mexicano. E elas também são retratadas de forma belíssima por Salinas.
Pancho, ao contrário da figura caricata
mostrada nas revistas em quadrinhos da Dell, desenhadas por Bob Jenner, é quase
que a transposição perfeita para os quadrinhos do ator que o interpretava na
série de TV, Leo Carillo, um personagem cheio de expressão que o tira da
condição de alívio cômico permanente. Os cenários, os cavalos, os vilões, tudo
em Cisco Kid é sensacional e a série fez sucesso de saída, sendo logo
vendida para diversos jornais americanos e principalmente para outros países,
especialmente os países latinos onde sempre fez muito sucesso.
Na Argentina, onde era desenhada, foi
publicada no principal jornal do país, La
Nación, e logo foi comprada pela principal editora do mercado, a Columba,
que a publicava em suas revistas totalmente remontadas com letreiramento a
linotipo, para desgosto de Salinas.
A King Features queria muito lançar uma
página dominical de Cisco Kid, mas o artista era muito meticuloso e
tinha apenas um assistente em quem confiava, seu filho Alberto, e a King sabia
que não podia passar mais aquela tarefa para Salinas sob risco de comprometer a
qualidade da obra. E sabia também que nenhum outro artista toparia fazer a
página de domingo e sofrer inevitáveis comparações com um gigante como Salinas.
Como surgiu Cisco Kid?
William Sidney Porter era um respeitado
jornalista político que para não misturar seus sisudos textos criticando ou
elogiando políticos de diversas matizes nos Estados Unidos do século 19, passou
a usar um pseudônimo para trabalhar com o que realmente gostava de fazer,
escrever ficção: O. Henry.
Com o passar do tempo, o pseudônimo
acabou se tornando muito mais bem sucedido do que William Sidney Porter podia
imaginar e ele abandonou a carreira jornalística para assumir sua outra
identidade de forma permanente. Quase ninguém mais sabe quem foi William Sidney
Porter, mas ainda hoje nos Estados Unidos as histórias de O. Henry são bastante
populares e ele faz parte do currículo dos cursos de letras como um dos
ficcionistas mais importantes dos Estados Unidos atuando na virada do século 19
para o século 20.
Uma das últimas histórias que O. Henry
publicou pouco tempo antes de morrer (de derrame aos 48 anos, em 1910) era
acerca de um bandido um tanto romântico, porém impiedoso, que ao mesmo tempo em
que fugia dos Texas Rangers agia como uma espécie de Robin Hood do Velho Oeste,
roubando dos ricos para dar aos pobres. A história The Caballero’s Way começou a ser publicada em série na revista Everybody’s Magazine em julho de 1907,
sendo compilada e lançada em livro em dezembro do mesmo ano sob o título de Heart of The West e o tal bandido era a
força motriz da trama. Ele acaba sendo preso pelos valorosos Rangers, não antes
de liquidar alguns deles em lutas justas onde poderia ter sido ele a perder a
vida. No livro, se trata de um americano conhecido como Goodall, mas também
todos o chamam de ‘Cisco Kid’, porque ele teria vindo de uma cidade chamada
Cisco, próxima a Abilene no Texas.
No cinema, o renascimento do herói
Pois é, você não leu errado. Cisco
Kid não foi criado como um mexicano de sombrero e roupas de influência
espanhola, imagem que todos temos dele. Quem o tornou assim, foi o cinema. O
primeiro dos filmes a retratar o personagem foi uma adaptação relativamente
fiel do livro e que usou o mesmo título da história original, The Caballero’s Way, produzida em 1914,
com o ator William R. Dunn no papel de Cisco Kid. Um segundo filme foi
produzido em 1919 com um outro ator no papel do personagem, Vester Pegg, que
continuaria atuando em diversos papéis menores pelos próximos 40 anos, jamais
voltando a ser protagonista. O filme se chamou The Border of Terror e nem mesmo fragmentos dele sobreviveram ao
tempo. Se sabe que foi produzido, mas não se tem ideia sequer de como era a
história apresentada.
Em 1928, porém, estreia In Old Arizona, em que a trama é revista
e Cisco Kid aparece muito mais heroico, embora ainda tenha alguns problemas com
a lei. Além disso, esse filme marca a estreia no papel do ator Warner Baxter,
que ganhou o Oscar de melhor ator por sua atuação neste filme e que continuaria
no papel (já no período sonoro) por mais quatro filmes, até ser substituído em
1939 por César Romero (ele mesmo, o Coringa da série Batman dos anos 1960) que
encarnou o personagem num total de seis filmes. Tanto Baxter quanto Romero,
ajudaram a consolidar a imagem heroica do personagem, além de sua latinidade.
Todavia, foi Duncan Renaldo, o ator que
substituiu Cesar Romero a partir de 1945, que encarnou o personagem no cinema
de uma forma mais próxima dessa que conhecemos nos quadrinhos. Ele estrelou no
papel do galante aventureiro em vários filmes, com uma interrupção entre 1946 e
1947, quando Cisco foi interpretado por Gilbert Roland por conta de uma disputa
contratual. Renaldo voltou ao papel no lugar de Roland ainda em 1947, em novas
produções, sendo a última delas, de um total de oito, produzida em 1950, pouco
antes de o personagem (e Renaldo), se mudarem das matinês de cinema para as
telas da TV.
A série As Aventuras de Cisco Kid fez um grande
sucesso, especialmente entre as crianças. Foi também uma das primeiras
produzidas especialmente para a TV, além de ter sido a primeira filmada
totalmente em cores, o que garantiu sua longevidade em inúmeras reprises ao
longo dos anos em vários países, inclusive o Brasil, onde foi exibida pela
última vez, por volta de 1972, pela TV Globo.
Todos os atores que o interpretaram,
foram aperfeiçoando o personagem no cinema; Renaldo mais do que todos. Mas foi
na série, que teve 156 episódios de meia hora divididos em seis temporadas
produzidas entre o final de 1950 e meados de 1955, que o personagem se tornou o
que a maioria do público conhece até hoje. Foi nela que Cisco ganhou um novo
companheiro de aventuras, o leal e atrapalhado Pancho. Também foi na série que
o cavalo de Cisco passou a ter nome, Diablo (o cavalo de Pancho se chamava
Loco). E foi graças ao sucesso da série que Cisco Kid passou a ser
também mostrado de forma consistente nos quadrinhos, embora de duas formas
relativamente diferentes, mesmo que estivessem sendo publicadas ao mesmo tempo.
Cisco Kid chega aos quadrinhos
Houve uma primeira revista em quadrinhos
com o personagem publicada em 1944, pela pequena Baily Publishing, com história
e desenhos de Bernard Baily, que pouco tempo antes havia criado O Espectro para
a DC Comics junto com Jerry Siegel. Cisco Kid era um sucesso no cinema e
também no rádio, onde o personagem tinha um seriado semanal desde 1942, mas nos
quadrinhos, ao menos neste momento, não decolou. Tanto a série quanto a editora
não foram adiante e tudo se resume mesmo à uma única revista, onde Cisco é
retratado por Baily à semelhança de Warner Baxter.
Para nossa sorte, com o sucesso da série
de TV, o personagem voltou a interessar editores de quadrinhos, com uma versão
para comic-book lançada em 1950 por uma das maiores editoras do ramo, a Dell
Comics, quase que ao mesmo tempo em que a maior distribuidora de quadrinhos
para jornais do país, a King Features Syndicate.
Os quadrinhos da
Dell duraram muitos anos, com 41 edições lançadas entre o final de 1950 e o início
de 1958. A série, que foi toda publicada pela EBAL a partir da estreia da 4ª
série da revista Superxis, lançada em
dezembro de 1957, tem belas capas pintadas por Ernest Nordli,
mas infelizmente o mesmo não pode se dizer dos desenhos pouco inspirados de Bob
Jenner, artista que trabalhou na maior parte das edições, sendo exceções apenas
duas histórias, uma com desenhos do ótimo Ray Bailey, assistente de Milton
Caniff em Steve Canyon e outra com
desenhos do grande artista italiano Alberto Giolitti.
Surge o grande Salinas
Mas se Cisco Kid não deu sorte
com seu principal desenhista nos comic books, o mesmo não pode ser dito sobre
as tiras diárias, que estrearam nos jornais em 15 de janeiro de 1951, desenhadas
por um dos maiores artistas de todos os tempos, o argentino José Luis
Salinas.
Salinas surgiu como um meteoro nos
quadrinhos argentinos em 1936 com sua série Hernán,
el Corsário, na revista Patoruzu. Segundo Rodolfo Zalla costumava
dizer, e ele ouviu isso de artistas argentinos mais velhos do que ele, ninguém
sabia como um desenhista tão bom podia ter aparecido do nada. Muitos achavam
que ele era estrangeiro e ao serem informados de que era argentino ficavam
perplexos por não saber nada dele até então.
É comum nos quadrinhos no mundo inteiro
que o mercado (desenhistas, editores, leitores, etc.) acompanhe a trajetória de
um desenhista desde seus primeiros momentos como profissional, até o processo
que o leva à maturidade artística. Mesmo grandes desenhistas foram
principiantes um dia e não é difícil perceber como evoluíram ao se comparar
seus primeiros trabalhos com o que produzem em seu auge criativo. Alex Raymond
é um exemplo claro disso. Vimos o seu trabalho evoluir desde 1933, tempo em que
era ghost artist em Tim Tyler’s Luck
(Tim e Tom ou Tim e Tok no Brasil) até chegar aos primeiros tempos de Flash
Gordon, Jim das Selvas e Agente Secreto X-9 em 1934, quando já melhorou muito,
até atingir seu pináculo com Flash Gordon a partir de 1938 e chegar anos depois
ao glorioso Rip Kirby (Nick Holmes,
entre nós) a partir de 1946.
Algo parecido aconteceu com Milton
Caniff, que evolui muito entre Dickie
Dare, de 1933, e o auge de Terry e os
Piratas em 1943, chegando ao magnifico Steve
Canyon em 1947. Mas existem artistas que fogem a essa regra, pelo menos no
que diz respeito à sua produção em quadrinhos. A impressão que se tem ao se ver
seus primeiros trabalhos publicados é que já são maduros, totalmente
resolvidos. A sensação é de que “nasceram sabendo”.
Este é o caso de Harold Foster, famoso
por Principe Valente, mas cujo
primeiro Tarzan já é sensacional. E de José Luis Salinas, com Hernán, el Corsário. A comparação entre
Foster e Salinas não é mero acaso. Ambos têm muito em comum. Ambos jamais
cursaram qualquer academia ou tiveram qualquer mestre de desenho e aprenderam
desenhando o que viam, observando a realidade e a transportando para o papel
compulsivamente. Por isso o trabalho de ambos tem muito de realismo naturalista,
onde praticamente não cabe qualquer estilização. Não desenham figuras com
músculos exagerados, com proporções fora da realidade, com distorções visuais
de qualquer tipo. Não nasceram sabendo, afinal. Tiveram o mundo ao seu redor
como mestre, e se esforçaram muito para aprender sozinhos. Outra coisa comum
entre ambos reside no fato de não terem começado suas carreiras nos quadrinhos,
mas num campo onde talentos assim sempre foram bem-sucedidos: a ilustração
publicitária, onde militaram durante anos antes que, por razões diversas,
tenham tentado a sorte nos quadrinhos, de onde jamais saíram.
Hernán,
el Corsário
é até hoje um tesouro nacional nos quadrinhos argentinos. Basta examinar
algumas de suas páginas para se entender por quê. O virtuosismo de Salinas no
desenho é literalmente acachapante. E a fluência com que conta histórias em
imagens não fica atrás. A Argentina sempre teve grandes desenhistas, mas como
dizem lá até hoje, Salinas era um divisor de águas e jamais foi igualado. O
único que se aproximou de seu trabalho foi seu filho Alberto Salinas, também um
magnífico desenhista, com a diferença de não ser autodidata, pois tinha o pai
como mestre.
Salinas conquista a América
Depois de Hernán, Salinas se tornou o desenhista
mais valorizado e bem pago do mercado argentino. Seu trabalho transcendeu a
fronteira das publicações infanto-juvenis para as revistas voltadas para o
público geral, muito maior, pois foi contratado por uma das maiores revistas
semanais argentinas, El Hogar, para produzir capítulos semanais de
adaptações de grandes livros de aventura, o que fez de forma brilhante. Adaptou
diversos, como As Minas do Rei Salomão, Os Três Mosqueteiros, Miguel
Strogoff, Pimpinela Escarlate, Capitão Tormenta, O Último
dos Moicanos e vários outros mais, um melhor do que o outro.
Em 1941,
incentivado pelo representante local da King Features, manda mostras de seu
trabalho para os Estados Unidos. Os americanos se interessaram, logicamente, mas
com a entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial, resolveram que
aquele não era o momento para contratar um desenhista que não morava no país e
queria trabalhar por correspondência. A vida seguiu e este contato foi retomado
em 1949, com uma viagem que Salinas fez a Nova York para mostrar seu trabalho
em pessoa. Ele era bom demais para que o deixassem passar e depois de alguns
testes feitos ao longo de um período de cerca um ano em que desenhou páginas de
curiosidades, retratos de esportistas americanos e coisas assim, a King lhe
confiou um novo projeto:
The Cisco Kid.
As histórias tinham roteiros de Rod
Reed, que vinha da Fawcett Comics, onde tinha sido roteirista e editor de
diversas revistas do Capitão Marvel, Mary Marvel, Capitão Marvel Jr., além de
ter escrito também muito faroeste e algumas histórias de terror. Cada episódio
de Cisco Kid dura de 13 ou 14 semanas no máximo, como se tornou praxe nos
quadrinhos de jornal a partir do pós-guerra. Antes disso, era relativamente
comum existirem tramas que se arrastavam por muitos meses.
Reed e Salinas trabalharam em Cisco Kid
de 1950 a 1968, quando a série acabou, sem jamais se encontrarem. Reed
entregava os roteiros ao King Features, que os traduzia para o espanhol e os
mandava a Salinas em Buenos Aires, que os devolvia também pelo correio para
serem letreirados em inglês na sede da King Features.
Sobre o
selo editorial Super-X
Fruto do
desejo de publicar clássicos das histórias em quadrinhos, Super-X estreia em
julho e não irá parar com Cisco Kid, de Salinas. Até novembro, o selo editorial colocará em campanha de
financiamento coletivo dois outros grandes clássicos norte-americanos inéditos
no Brasil, criados por dois artistas lendários: Johnny
Comet, de Frank Frazetta, com roteiro de Earl Baldwin, e Casey
Ruggles – Uma Saga do Oeste, de Warren Tufts.
Os álbuns têm
um requintado trabalho de restauração de Manuel Caldas e, no caso de Johnny
Comet, o volume apresenta, pela primeira vez no mundo, a obra integral do
personagem sem nenhum corte. Nem a edição publicada em 2011 pela Vanguard, nos
Estados Unidos, tem todas as pranchas e tiras, contrariando o que chegou a ser
anunciado pela editora.
Super-X nasce da junção das experiências do jornalista, editor e restaurador de
quadrinhos, Francisco Ucha, que já vem publicando, de forma independente, clássicos dos quadrinhos
nacionais desde 2018, e Toni Rodrigues, publicitário e um dos maiores conhecedores da história dos quadrinhos
no país.
A dupla já
participa de um projeto em comum, a @LivedeQuadrinhos, programa de entrevistas
lançado em abril de 2020 que tem como objetivo resgatar as histórias de quem
faz e produz quadrinhos no Brasil e em Portugal.
Toni Rodrigues
também já participou de alguns álbuns de luxo lançados por Ucha, como O
Judoka por FHAF, Mauricio & Companhia, Uma História na
Independência, de Luís Antônio Novelli, A Grande Arte de Rodolfo Zalla
e O Judoka por Eduardo Baron, que acabou de ser impresso e está sendo
distribuído aos apoiadores de sua campanha no Catarse.
Admiradores do
trabalho de Adolfo Aizen e sua icônica Editora Brasil-América, Toni e Ucha
escolheram o nome do selo editorial como uma homenagem à EBAL, afinal Super
X foi uma das mais importantes revistas em quadrinhos da editora, lançada
em julho de 1950, apenas cinco anos após sua fundação.
Todos os
álbuns do selo editorial serão lançados através de campanhas de financiamento
coletivo pelo Catarse. O primeiro volume de Cisco
Kid já tem um endereço na internet: www.catarse.me/ciscokid
Agora, todos
os apaixonados por quadrinhos clássicos com interesse em adquirir o álbum com
desconto, podem se registrar no endereço. Apoie, divulgue, acompanhe. Quadrinhos
com essa qualidade merecem ser vistos e revistos pelos que os conheceram e
apresentados às novas gerações de leitores.
PLANO
DA OBRA
Cisco
Kid – Lucy, Flor Rubra & Bella
Roteiro:
Rod Reed
Desenhos:
José Luis Salinas
Tiras
diárias publicadas originalmente de 15 de janeiro a 13 de outubro de 1951.
Formato: 27,5 x 20,0 cm
Número de páginas: 144
Editor: Francisco Ucha
Restauração das artes: Manuel Caldas
Textos complementares: Toni Rodrigues
Tradução: Ricky Goodwin
Revisão: Marcos Massolini
Campanha no Catarse: 8 de julho a 14 de agosto
Entrega aos apoiadores: a partir de 2 de outubro
Lançamento na Comix: 7 de outubro
EQUIPE
Francisco Ucha
Jornalista, desenhista, publicitário, restaurador de
quadrinhos. Trabalhou em O Globo, Globo Vídeo, Herbert Richers, Look
Filmes, Reserva Espacial. Foi editor do Jornal da ABI, órgão oficial da
Associação Brasileira de Imprensa. Organizou a Exposição Quadrinhos’51. Editor
da #LivedeQuadrinhos. Lança, desde 2018, livros com clássicos dos quadrinhos
nacionais. Autor de Ziraldo – Memórias e coautor de Mauricio &
Companhia e Moracy do Val Show!
Toni Rodrigues
Publicitário, com passagens pela DPZ, McCann
Erickson e Talent; diretor de arte, redator, roteirista de quadrinhos,
professor na Miami Ad School, além de um grande especialista em quadrinhos.
Participa da #LivedeQuadrinhos. Autor da premiada série MeMo – A Revista da Memória Gráfica e de livros infantis; coautor
de Mauricio & Companhia.
Manuel Caldas
Editor e restaurador de quadrinhos. Responsável pela
recuperação de inúmeras obras clássicas dos quadrinhos mundiais, incluindo quase
todas as 1800 pranchas do Príncipe
Valente, de Hal Foster; além de Johnny
Comet, de Frank Frazetta; Cisco Kid,
de José Luís Salinas; Casey Ruggles, de Warren Tufts; A Lei da Selva,
de Eduardo Teixeira Coelho; entre tantas outras.
Ricky Goodwin
Jornalista, tradutor, escritor, roteirista e
produtor cultural. Trabalhou na fase áurea de O Pasquim. Foi o tradutor
e o responsável – ao lado de Ota Assunção – pela adaptação da icônica revista Mad
para o Brasil. Traduziu Love & Rockets, dos irmãos Gilbert Hernandez
e Jaime Hernandez e muitos outros quadrinhos para editoras como a Vecchi, Rio
Gráfica e Record. Organizador da Bienal de Quadrinhos no Rio. Foi diretor do
Instituto Nacional de Artes Gráficas, da Funarte e roteirista de programas da
Globo como Casseta & Planeta.
Marcos Massolini
Jornalista, escritor, pesquisador. Trabalhou na
Editora Abril e no jornal Folha de S. Paulo.
Autor dos livros Borboletas Abissais (poesia, 2001), Abílio e o
Espelho (ficção, 2006), Aura de Heróis (poesia, 2014), Betinho
Moraes, um Guitarrista com a Corda Toda (biografia, 2018) e Joselito
Solta seus Bichos (biografia, 2023). Coautor de Mauricio & Companhia. Participa da #LivedeQuadrinhos.
CONTATO
Francisco Ucha
superxeditora@gmail.com
Instagram @superx.editora
Fotografia de José Luis
Salinas: divulgação.
Fonte: Super-X Editora.
Afrânio Braga
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