terça-feira, 12 de dezembro de 2023

“Blueberry Edição Definitiva” volume 2 - Editora Pipoca & Nanquim

 A ilustração da capa foi extraída daquela do volume 3 de
“Blueberry L’Intégrale” que reprisou a de “Blueberry” nº 11
“La Mine de l’Allemandu perdu” (“A Mina do Alemão Perdido”).


A ilustração da contracapa foi extraída da capa do
volume 4 de “Blueberry L’Intégrale” que reprisou aquela
 de “Blueberry” nº 13 “Chihuahua Pearl” (“Chihuahua Pearl”).


A ilustração da lombada é um extrato daquela da capa
do hebdomadário “Pilote” nº 532 de 15 de janeiro de 1970.


“Blueberry Edição Definitiva” volume 2

Roteiros: Jean-Michel Charlier

Desenhos: Jean Giraud
Histórias: “General Cabeça-Amarela”, “A Mina do Alemão Perdido”, “O Espectro das Balas de Ouro”, “Chihuahua Pearl”, “O Homem Que Valia 500 Mil Dólares”, “Balada para um Caixão”.
Cores: Quadricromia - “General Cabeça-Amarela”, Jean Giraud – “A Mina do Alemão Perdido”; Évelyne Tran-Lê - “O Espectro das Balas de Ouro”, “Chihuahua Pearl”; Quadricromia - “O Homem Que Valia 500 Mil Dólares”, “Balada para um Caixão”.
Direção editorial: Alexandre Callari, Bruno Zago e Daniel Lopes
Impressão e acabamento: Ipsis Gráfica
Idioma: Português
Gênero: Western
Formato: 22,0 X 28,0 X 6,0 cm
Tipo de acabamento: Capa dura
Papel: Offset 90
Número de páginas: 388
Número de pranchas: 299
Data de publicação: 15 de janeiro de 2024
ISBN-10: 6589912971
ISBN-13: 9786589912972
Contém um dossiê de 16 páginas redigido por Hugo Cassavetti e um dossiê de 36 páginas do qual 29 páginas de textos e ilustrações da editora Dargaud assim como 7 páginas redigidas por Dominique Bertail e intituladas “Blueberry ou l’art de la frontière” (“Blueberry ou a arte da fronteira”). A história “Balada para um Caixão” é precedida, como na edição original, de um caderno, de texto e fotografias da época, de 17 páginas.
Editora Pipoca & Nanquim
São Paulo, São Paulo, Brasil

Blueberry


Em matéria de western, Blueberry constitui a referência absoluta. Foi em 1963, que é criado esse personagem, para “Pilote”1, por Jean-Michel Charlier e Jean Giraud. Eles estabelecem de saída um sólido soldado que surge como o sósia de Belmondo2. A semelhança se esfumaça ao longo dos episódios.

Blueberry é um cabeçudo: tinhoso, nem sempre respeitador do rigor militar, indisciplinado, ele não hesita, às vezes, em desertar para melhor completar as suas missões. O roteiro utiliza todos os lugares comuns do western americano, com tudo quilo que o qual necessita de reviravoltas e personagens pitorescos (Mc Clure3, Angel Face4, Red Neck, Chihuahua Pearl5, etc. - sem contar os índios que são reabilitados pelos autores, ponto de vista adotado também em “Cartland”6).

Paralelamente ao ciclo clássico da saga de “Blueberry”, Jean Giraud desenha, entre 1968 e 1970, a juventude do futuro tenente7. Essa série retoma seu curso, em 1985, sob o lápis de Colin Wilson8, muito respeitador do estilo imposto por Giraud. Os álbuns, sucessivamente, têm sido editados por Dargaud (22 títulos, o essencial da base), em seguida por Fleurus/Hachette9, 10, depois por Novédi11 e enfim por Alpen12 para a novidade desenhada por Vance13. A Dargaud inicia a reedição dos álbuns “Blueberry”14 com novas maquetes e novas cores15.

N. C.:

1 As duas primeiras pranchas de “Fort Navajo”, a primeira história do Tenente Blueberry, foram publicadas na revista semanal “Pilote” Nº 210, de 31 de outubro de 1963, da editora Dargaud Éditeur;

2 O ator francês Jean-Paul Belmondo, apelidado de Bébel;

3 Jimmy Mc Clure – também McClure – companheiro de aventura, juntamente com Red Neck, do Tenente Blueberry;

4 Angel Face, apelido de Marmaduke O’Saughtnessy, formoso jovem assassino de aluguel;
 
5 Chihuahua Pearl, apelido de Lily Calloway, bela cantora e dançarina de saloon, cuja carreira estava no auge em Chihuahua, capital do Estado de Chihuahua, México, quando conheceu Mike Blueberry de cujo foi uma de suas namoradas;

6 Jonathan Cartland, personagem western, de uma série homônima, criado pelo roteirista Laurence Harlé e pelo desenhista Michel Blanc-Dumont e lançado, em 1974, em “Lucky Luke”;

7 Histórias publicadas em “Pocket Pilote” e relançadas em álbuns – “La Jeunesse de Blueberry” (“A Juventude de Blueberry”), 1975, “Un Yankee nommé Blueberry” (“Um Ianque Chamado Blueberry”), 1978 e “Cavalier bleu”, 1979;

8 Colin Wilson desenhou seis álbuns da série “La Jeunesse de Blueberry” (“A Juventude de Blueberry”) – três com roteiros de Jean-Michel Charlier e três com roteiros de François Corteggiani, o atual roteirista da série – de 1985 a 1994;

9 A editora Fleurus publicou “La Longue Marche” (“A Longa Marcha”) em 1980;

10 A editora Hachette publicou “La Tribu fantôme” (“A Tribo Fantasma”), em 1982, e “La Dernière carte” (“A Última Cartada”) em 1983;

11 A editora Novédi publicou “Le Bout de la piste” (“O Fim da Pista”) em 1986;

12 A editora Alpen Publishers publicou “Arizona Love” (“Arizona Love”), volume 23 de “Blueberry”, em 1990, “Sur ordre de Washington” e “Mission Sherman”, respectivamente o primeiro e o segundo volume da série “Marshal Blueberry”, em 1991 e 1993;

13 William Vance desenhou, com roteiros de Jean Giraud, os dois primeiros álbuns da série “Marshal Blueberry”, que foi concluída, no terceiro álbum, “Frontière sanglante”, 2000, pelo roteirista Jean Giraud e o desenhista Michel Rouge;

14 A editora Dargaud Éditeur publicou a série “Blueberry” de “Fort Navajo” (“Forte Navajo”), 1965, a “Nez Cassé” (“Nariz Partido”), 1980; depois de 15 anos retomou a publicação, em 1995, com “Mister Blueberry” (“Mister Blueberry”), e relançou os álbuns publicados pelas demais editoras;

15 Os álbuns da série “La Jeunesse de Blueberry” (“A Juventude de Blueberry”) desenhados por Michel Blanc-Dumont, foram pintados, à exceção de “Gettysburg”, por Claudine Blanc-Dumont, a sua esposa, falecida em 10 de outubro de 2012, que também repintou alguns volumes iniciais da série “Blueberry”.


Ciclo do Cavalo de Ferro
As Segundas Guerras Indígenas
“O Cavalo de Ferro”, “O Homem do Punho de Aço”, “A Pista dos Sioux” e “General Cabeça-Amarela” (a conclusão em “Blueberry Edição Definitiva” volume 2).
Colorado, Nebraska e Wyoming. Outono de 1868.


A ilustração da capa de “General Cabeça-Amarela”.

“Général “Tête Jaune”” foi pré-publicado em “Pilote Hebdo”,
 do nº 453 de 11 de julho de 1968 ao nº 476 de 19 de dezembro de 1968.
Primeira edição em álbum em 1971 na editora Dargaud.


Ciclo Prosit Luckner
O Ouro da Sierra
Álbuns 11 e 12: “A Mina do Alemão Perdido” e “O Espectro das Balas de Ouro”.
Arizona. Janeiro de 1869.


A ilustração da capa de “A Mina do Alemão Perdido”.

“La Mine de l’Allemandu perdu” foi pré-publicado em “Pilote Hebdo”,
do nº 497 de 15 de maio de 1969 ao nº 519 de 16 de outubro de 1969.
Primeira edição em álbum em 1972 na editora Dargaud.


A ilustração da capa de “O Espectro das Balas de Ouro”.

“Le Spectre aux balles d’or” foi pré-publicado em “Pilote Hebdo”,
do nº 532 de 15 de janeiro de 1970 ao nº 557 de 9 de julho de 1970.
Primeira edição em álbum em 1972 na editora Dargaud.


Ciclo Chihuahua Pearl
O Tesouro dos Confederados
Álbuns 13 a 15: “Chihuahua Pearl”, “O Homem que Valia 500 Mil Dólares” e “Balada para um Caixão”.
México, Texas e Arizona. Verão de 1869.


A ilustração da capa de “Chihuahua Pearl”.

“Chihuahua Pearl” foi pré-publicado em “Pilote Hebdo”,
 do nº 566 de 10 de setembro de 1970 ao nº 588 de 11 de fevereiro de 1971.
Primeira edição em álbum em 1973 na editora Dargaud.


A ilustração da capa de “O Homem que Valia 500 Mil Dólares”.

“L’Homme qui valait 500 000 $” foi pré-publicado em “Pilote Hebdo”,
do nº 605 de 10 de junho de 1971 ao nº 627 de 11 de novembro de 1971.
Primeira edição em álbum em 1973 na editora Dargaud.


A ilustração da capa de “Balada para um Caixão”.

“Ballade pour un cercueil” foi pré-publicado em “Pilote Hebdo”,
do nº 647 de 30 de março de 1972 ao nº 679 de 9 de novembro de 1972.
Primeira edição em álbum em 1974 na editora Dargaud.


Extratos 

N. C.: A capa da revista semanal “Pilote” nº 453, de 11
de julho de 1968, que mostra Jimmy McClure, batedor
do exército americano, e uma tropa sob intensa nevasca.


N. C.: A capa da revista semanal “Pilote” nº 460, de 29 de
agosto de 1968, cuja apresenta o Tenente Blueberry socorrendo o
General Allister, “Général Tête Jaune” (“General Cabeça-Amarela”),
do ataque dos índios e de morrer afogado em um rio congelado.


A ilustração da capa de “General Cabeça-Amarela”.


A prancha 1 de “General Cabeça-Amarela”.






Sinopse


Uma das mais famosas e importantes sagas da história dos quadrinhos mundiais segue com sua publicação em uma coleção integral e definitiva!

“Blueberry” é a criação máxima da lendária dupla franco-belga Jean-Michel Charlier e Jean Giraud (que mais tarde se tornaria mundialmente conhecido como Moebius), e em 2023, 60 anos após a publicação da primeira história desse tenente do Velho Oeste, ela começa a sair por completo no Brasil pela editora Pipoca & Nanquim, para a satisfação dos antigos fãs, que nunca tiveram a chance de ler o clássico em sua totalidade, e dos novos leitores, que terão a oportunidade de conhecer um marco universal das histórias em quadrinhos!

Neste segundo volume da série, quando todos pensavam que os esforços de Blueberry haviam sido suficientes para impedir um massacre e assegurar a paz entre brancos e indígenas, eis que o destino o coloca sob as ordens do general McAllister, um oficial autoritário que vê o extermínio dos povos nativos dos Estados Unidos da América como algo glorioso. Também conhecido “Cabeça-Amarela”, o general sonha com fama e renome, e fará de tudo para alcançá-los, mesmo que isso signifique uma chacina de milhares de inocentes.

Vítima desse mesmo autoritarismo, Blueberry é transferido para ser xerife na cidade de Palomito, e cai nas tramoias de um vigarista chamado Luckner, cujas histórias sobre uma fabulosa mina de ouro parecem boas demais para ser verdade...

Depois, mais uma vez a carreira militar coloca o tenente em risco, quando ele recebe uma missão de extrema importância, que é recuperar o tesouro dos confederados que se encontra em algum lugar do México. Para tanto, precisa “apenas” fingir ser um criminoso, entrar no país clandestinamente e efetuar o resgate sem qualquer apoio oficial, contando única e exclusivamente com a ajuda de seus velhos parceiros, Jimmy Mc Clure e Red Neck! 

“Blueberry Edição Definitiva” volume 2, com 388 páginas coloridas impressas em papel offset, capa dura e formato grande, reúne as edições integrais francesas 4 e 5, que trazem seis álbuns: “General Cabeça-Amarela”, “A Mina do Alemão Perdido”, “O Espectro das Balas de Ouro”, “Chihuahua Pearl”, “O Homem que Valia 500 Mil Dólares” e “Balada para um Caixão”. No início de cada etapa de um integral francês, entra um vasto conteúdo extra que conta os bastidores da concepção do personagem e dos seus inesquecíveis coadjuvantes, além da contextualização da época e a maneira como seus criadores se envolveram com a obra.



Extratos


A página 31.


As páginas 34 e 35.


As páginas 38 e 39.


A página 54.


As páginas 62 e 63.


As páginas 66 e 67.


As páginas 68 e 69.


As páginas 80 e 81.


A página 87.


As páginas 108 e 109.


A página 110.


A página 114.


A página 117.


Os autores

O criador literário.

Jean-Michel Charlier (1924-1989) nasceu na Bélgica e tem em seu currículo mais de 500 roteiros devotados à televisão, rádio e histórias em quadrinhos, sendo que até os dias de hoje ele é considerado um dos mais importantes escritores de histórias em quadrinhos franco-belgas, por ter sido o criador do ofício de roteirista profissional de histórias em quadrinhos por lá e criado tantas obras-primas. Nos anos 1940, ele entrou para a equipe da revista “Spirou”, na qual desenhou a série de destaque “Bucky Danny”. Ao conhecer o famoso desenhista Jijé  - pseudônimo de Joseph Gillain, autor de “Jerry Spring” e “Spirou & Fantasio” -, ele decidiu abandonar a arte e dedicar-se somente à produção de roteiros. Ele foi um dos fundadores da famosa revista “Pilote”, ao lado de Albert Uderzo (“Asterix”) e René Goscinny (“Asterix”, “Lucky Luke”). Além de “Blueberry”, ele participou das séries “La Patrouille des Castors”, “Marc Dacier”, “Barbe-Rouge”, “Tanguy et Laverdure” e “Le Démon des Caraïbes”.

 

O criador gráfico.

Jean Giraud (1938-2012), também conhecido como Moebius, é o mais influente nome das histórias em quadrinhos francesas dos últimos 50 anos. Ele começou a trabalhar na área aos dezoito anos e ele se tornou famoso ao desenhar a série de faroeste “Blueberry”, iniciada em 1963. Mas sua reputação mundial veio na década de 1970, quando ele ajudou a fundar a paradigmática revista de fantasia e ficção científica “Métal Hurlant”, onde ele deu vazão às suas mais mirabolantes ideias com um estilo de desenho imaginativo, surreal e completamente inovador. A sua consagração definitiva chegou com o lançamento de “O Incal”, em 1980. Além de centenas de histórias em quadrinhos, ele também colaborou com diversos filmes, como “Alien: o 8º Passageiro” (1979), “Tron” (1982) e “O Quinto Elemento” (1997). Entre seus admiradores estão Federico Fellini, George Lucas, Stan Lee, Hayao Miyazaki, Jiro Taniguchi e Katsuhiro Otomo.


Fontes: Imagens da capa, contracapa, lombada e extratos da edição brasileira; textos do expediente e sobre os autores: Editora Pipoca & Nanquim. Imagens das ilustrações das capas dos álbuns e dos extratos da edição francesa; textos sobre Blueberry e dos ciclos desse volume; e as fotografias dos autores: Dargaud Éditeur, Paris, France.

A série Blueberry foi criada por Jean-Michel Charlier e Jean Giraud.
“Blueberry L’Intégrale” © Jean-Michel Charlier / Jean Giraud – Dargaud Éditeur
“Blueberry Edição Definitiva” volume 2 © 2023 Jean-Michel Charlier / Jean Giraud – Editora Pipoca e Nanquim

Afrânio Braga

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