Jean-Michel Charlier, 30 anos já...
O muito grande e saudoso roteirista de histórias em
quadrinhos e de telefilmes, Jean-Michel Charlier, faleceu há exatamente 30 anos
atrás.
Eis um retrato no Festival de BD
d’Angoulême em 1973:
Fotografia: Gérard Guégan.
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Eu recordo que, nesse
momento, decorre no hebdomadário especializado “Le Marin” uma série de artigos
que eu realizei no seriado televisivo “La Mer est grande”, em cujo Jean-Michel
Charlier foi o corroteirista; o último artigo está programado no número de 11
de julho de 2019, ou seja, 30 anos e 1 dia após o falecimento do roteirista;
eis a primeira da página dupla do hebdomadário:
Nota-se a referência aos 30 anos
do falecimento do roteirista, embaixo da 3ª coluna,
e eu falo de JM Charlier em um
quadro na página da direita (não mostrada aqui).
À parte esse artigo, eu
creio que, infelizmente, as homenagens ao roteirista não são numerosas. Os seus
editores parecem tê-lo esquecido... Na Web, o amigo Afrânio Braga publica sua
homenagem pessoal, estendida de junho último a dezembro próximo, à razão de um
capítulo por mês, em seu site brasileiro consagrado a uma de suas principais
série de história em quadrinhos, “Blueberry”. É, aliás, colocado online essa
manhã mesmo o segundo capítulo: https://blueberrybr.blogspot.com/2019/07/jean-michel-charlier-et-moi-jean-michel.html com um texto-testemunho exclusivo de Gilles Ratier,
jornalista de história em quadrinhos, grande especialista de JM Charlier, sobre
o qual ele escreveu uma imponente obra, que faz referência, nas edições Le
Castor Astral.
Eu não vou recordar a longa
e rica carreira de JM Charlier, levando em conta que eu já a apresentei várias
vezes nesse blogue, por exemplo, aqui: http://jybaventures.blogspot.com/2014/10/il-y-90-ans-naissait-jean-michel.html
E, evidentemente, no copioso site que eu
consagrei a ele: www.jmcharlier.com Sem contar numerosos artigos que eu
publiquei aqui e ali, assim como as múltiplas intervenções em fóruns e diversas
páginas do Facebook. Assim, eu quero apenas mostrar, dessa vez, algumas imagens
pouco conhecidas mostrando JM Charlier, ou mostrando diversos trabalhos, de
cujos ele é o autor ou o coautor.
Um documentário sobre uma de
suas mais célebres séries de histórias em quadrinhos, “Buck Danny”, colocam em
cena os pilotos militares americanos, filmou um verdadeiro piloto da US Air
Force lendo um álbum e o comentando – a tradução em francês dos comentários
figura embaixo das duas imagens:
Essas imagens foram
extraídas da emissão “Les grands maîtres de la BD”, realizada por um amigo
próximo de JMC, Georges Grod, para 1e Chaîne em 1981. A HQ que o piloto tem
entre suas mãos foi desenhada por Victor Hubinon, o principal desenhista de JM
Charlier. O álbum em questão, “Les Tigres volants à la rescousse”, faz parte de
uma trilogia que os fãs consideram como uma das melhores histórias da série
“Buck Danny” desenhada por Victor Hubinon.
Jean-Michel Charlier era,
portanto, roteirista de seriados televisos, como “Les Chevaliers du ciel”, sua
mais célebre produção televisiva, mas também, por exemplo, “Le fou du désert”,
que conta, em quatro episódios, a vida e a morte misteriosa do explorador
Conrad Kilian; eis um extrato do genérico desse seriado inencontrável de nossos
dias, incluído no site do Institut National de l’Audiovisuel - INA:
O
ator, herói do seriado, é Matthieu Carrière.
Ou “Capitaine Luckner”,
série que tinha por título igualmente “Cap sur l’aventure” – isso resume bem o
gênero eterno e preferido de Jean-Michel Charlier -; eis algumas imagens desse
seriado, de cujo JMC de fato somente escreveu dois episódios dos 13 que foram
transmitidos na França, e dos 39 do total que foram transmitidos na Alemanha:
Mas JMC igualmente realizou,
a partir de 1975, documentários televisivos no quadro de sua série “Les
Dossiers noirs”, com assuntos fortes; por exemplo, aqui, extratos dos episódios
consagrados, na ordem de cima para baixo, a Menahem Begin, Al Capone, Edgar
Hoover e Eva Braun, a companheira de Adolf Hitler:
Ele mesmo apresentou, em
pessoa, seu mais forte documento sobre o assassinato de John Kennedy:
Apresentação em estúdio
após o final da retransmissão, em
1983 na FR3, do mesmo
documentário já transmitido em 1978.
JMC era igualmente
romancista; eis uma ilustração original, devida a René Follet, ilustrando um de
seus romances, “Les Samouraïs du soleil noir”, que saiu em seriado na revista
“Tintin” em 1958 e 1959:
Ilustração proveniente do dossiê
de apresentação do álbum de história em quadrinhos “SOS
Bagarreur”, de René
Follet, com roteiro de Maurice Tillieux, nas edições de l’Elan, 2019.
Eis um documento inédito: a
colocação em cores feita a meu pedido, apenas “por diversão”, por Francis
Nicole, desenhista e colorista da série de aviação “Missions Kimono”, da
primeira prancha daquela que eu considero como uma das melhores histórias de JM
Charlier, “Chasse à l’homme”, no seio da excelente, mas infelizmente esquecida,
série “Marc Dacier”, publicada na revista “Spirou” a partir do fim dos anos
1950:
Marc Dacier é um jornalista que
vive trepidantes aventuras
através do mundo, como o próprio
JM Charlier em sua vida real.
E, para findar, a tumba de JM Charlier, no cemitério de Saint-Cloud em
região parisiense – as fotografias datam há uma vintena de anos. A escultura,
sobre a pedra tumbal, representa um livro aberto, cujas páginas parecem virar
ao bel-prazer do vento ou folheadas por uma mão invisível:
Fotografias: Jean-Yves
Brouard.
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Jean-Yves Brouard
Fonte: Blogue JYB
Aventures, 10 de julho de 2019:
Jean-Michel Charlier, 30 ans déjà... © Jean-Yves Brouard – JYB Aventures 2019
Afrânio Braga
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