terça-feira, 15 de setembro de 2020

Blueberry e Tex por Giovanni Bruzzo



BLUEBERRY E TEX POR
GIOVANNI BRUZZO



Giovanni Bruzzo

Un saluto a tutti gli amici lettori brasiliani.

Tra i tanti interessi che ho la fortuna di avere, un posto di rilievo è sempre stato occupato dai fumetti. Tra i miei preferiti, sicuramente Blueberry, così, quando mi è stato chiesto di realizzare un disegno raffigurante il personaggio creato da Jean-Michel Charlier e Jean Giraud in compagnia di Tex Willer, ho aderito con entusiasmo.

Sono nato nel 1961 a Genova. Città di mare e di sogni. Di avventure e bellezze conservate gelosamente nascoste. Tutti elementi che hanno generato in me la voglia e la necessità di raccontare storie. Farlo coi disegni. Trasmettere ad altri i miei sogni. Tutto è iniziato così. Nell’infanzia. Probabilmente, se vivessimo ancora in un mondo senza una divisione così marcata tra i vari ruoli, ed in questo caso, tra chi scrive e chi disegna, oggi racconterei le mie storie con la stessa gioia ed entusiasmo fanciullesco di allora.

Pubblicai la mia prima storia a 17 anni sul mensile “La Bancarella”. Nello stesso anno, dovetti piegarmi al mercato per questioni economiche ed iniziai a lavorare a Torino, per lo studio “Immagini e Parole” disegnando album a figurine di Mazinga e Goldrake. In seguito, per circa due anni collaborai con lo “Staff di If” di Gianni Bono, realizzando fumetti porno. Nonostante tanti miei colleghi si vergognino quasi, per essere transitati in gioventù, attraverso questo tipo di fumetti, io ne sono assolutamente orgoglioso. Fu una palestra straordinaria per imparare il ritmo del lavoro, migliorare le anatomie, i chiaro/scuri ecc.

Successivamente, per una decina di anni, ho affiancato alla realizzazione di fumetti, il lavoro di illustratore, prevalentemente pubblicitario, con tecniche ad aerografo iperrealista.

Nel contempo, ho collaborato con le riviste “1984”, Frigidaire”, “Tempi Supplementari”, “Frizzer”, “Mad”, “Creepy”, “Intrepido” e con Renzo Barbieri Editore.

Poi, ancora 5 storie brevi per il mensile “Demon Story”, Fenix Editore, mai pubblicate a causa della chiusura del giornale.

Ed infine, credo nel 1995, sono approdato in casa Bonelli. Ho realizzato vari albi di Mister No, pilota nord americano rifugiatosi a Manaus nel dopoguerra in cerca di oblio. Ci troviamo nei favolosi anni ’50, una Manaus sicuramente diversa da quella reale dei giorni nostri. Credo sia stato il periodo in cui mi sono divertito maggiormente nel disegnare. Ambienti e personaggi. E sicuramente un notevole feeling con il personaggio principale.

Esistono molte aziende che, quando ti assumono come impiegato o operaio, ti accolgono con pacche sulle spalle e “Benvenuto nella famiglia” … Però accade oltremodo, che nella maggioranza dei casi, dopo poco ti accorgi che in quella “famiglia” accadono cose orribili e maledici il giorno in cui ti hanno dato il benvenuto. Quando fui accolto in “casa Bonelli” mi sentii piano piano di entrare a far parte realmente di una specie di grande famiglia. Da allora infatti non me ne sono più distaccato. Mi sento ancora di far parte di una grande famiglia.

Dopo Mister No, ho realizzato un albo di Dampyr. L’ammazza vampiri creato da Mauro Boselli e Maurizio Colombo. Personaggio particolarmente interessante in quanto inserisce in tutti i focolai o veri e propri incendi di guerra che oggigiorno flagellano il nostro pianeta, la figura di qualche vampiro che naturalmente ha il proprio vantaggio nell’esistenza di sanguinose dispute tra gli umani - meravigliosa metafora della realtà.

Andando oltre, tornando però in ambienti anni ’50, ho realizzato i disegni per 3 albi di Brad Barron. Fumetto di fantascienza creato da Tito Faraci, che ipotizza un’invasione aliena datata nella metà del secolo scorso. Le atmosfere sono quelle dei film di fantascienza di quegli anni.

Successivamente, sempre su testi di Faraci, ho disegnato 4 albi di Tex. Due storie molto diverse tra loro. Nella prima vediamo entrare in scena uno scrittore inglese che affiancando i nostri eroi, si scopre essere anche abile tiratore con la Colt, ottimo pugile e disegnatore provetto. Naturalmente lo scrittore in questione vuole scrivere e raccontare al pubblico britannico, le gesta di valorosi uomini nel selvaggio West.

Nella storia successiva, troviamo all’opera una pericolosa banda di rapinatori, con un personaggio, Slade, che pur essendo il “cattivo”, è talmente bastardo da risultare simpatico. Tex e Carson sono sulle sue tracce ai confini del Nuovo Messico.

Poi, per “Tex Magazine”, ho disegnato una storia breve di Luigi Mignacco ed un’altra, ancora inedita, scritta da un ottimo esordiente, Filippo Iriti, che spero di rivedere all’opera su altre sceneggiature.

Attualmente mi trovo impegnato su una lunghissima storia scritta da Mauro Boselli, che vede i nostri, immersi in ambienti mai calpestati precedentemente. Durante la lavorazione, ho avuto l’onore di realizzare il finale del “Maxi Tex” disegnato dal grande fumettista argentino Miguel Angel Repetto, che purtroppo ha lasciato il nostro mondo. Ho avuto modo di vedere ed ammirare le sue tavole che nonostante l’età molto avanzata, 99 anni, continuavano ad essere di altissimo livello grafico.

Questo, per il momento, è quasi tutto…

Até logo, Brasil!!



Giovanni Bruzzo

Uma saudação a todos os amigos leitores brasileiros.

Entre os tantos interesses que eu tenho a sorte de haver, um lugar de relevo  sempre foi ocupado pelas histórias em quadrinhos. Entre as minhas preferidas, seguramente Blueberry, assim, quando me foi pedido para realizar um desenho representando o personagem, criado por Jean-Michel Charlier e Jean Giraud, em companhia de Tex Willer, eu aderi com entusiasmo.

Eu nasci em 1961 em Gênova, Itália. Cidade de mar e de sonhos, de aventuras e de belezas conservadas ciumentamente escondidas. Todos elementos que geraram em mim a vontade e a necessidade de contar histórias; fazê-lo com os desenhos, transmitir a outros os meus sonhos. Tudo iniciou assim, na infância. Provavelmente, se nós vivêssemos ainda em um mundo sem uma divisão assim marcada entre os vários papéis e, nesse caso, entre quem escreve e quem desenha, hoje eu contaria as minhas histórias com a mesma alegria e entusiasmo infantil de então.

Eu publiquei a minha primeira história aos 17 anos na revista mensal “La Bancarella”. No mesmo ano, eu fui obrigado a dobrar-me ao mercado por questões econômicas e eu iniciei a trabalhar em Turim para o estúdio “Immagini e Parole” desenhando álbum de figurinhas de Mazinga e Goldrake. Em seguida, por cerca dois anos, eu colaborei com o “Staff di If” de Gianni Bono realizando história em quadrinhos pornográfica. Não obstante, tantos de meus colegas quase se envergonham por terem transitado na juventude através desse tipo de história em quadrinhos, eu sou absolutamente orgulhoso. Foi uma academia extraordinária para aprender o ritmo do trabalho,  melhorar as anatomias, os claros e os escuros, etc.

Sucessivamente, por uma dezena de anos, eu flanqueei à realização de histórias em quadrinhos o trabalho de ilustrador, predominantemente publicitário, com a técnica em aerógrafo hiperrealista.

Ao mesmo tempo, eu colaborei com as revistas “1984”, ”Frigidaire”, ”Tempi Supplementari”, “Frizzer”, “Mad”, “Creepy”, “Intrepido”, e com a editora Renzo Barbieri Editore.

Depois, eu ainda produzi cinco histórias breves para a revista mensal “Demon Story”, da editora Fenix Editore, nunca publicadas por causa do fechamento da revista.

E, enfim, eu creio que em 1995, eu atraquei à casa Bonelli. Eu realizei vários álbuns de Mister No, piloto norte-americano que se refugiou em Manaus, no pós-guerra, à procura de esquecimento. Nos encontramos nos fabulosos anos 1950, uma Manaus seguramente diversa daquela real dos nossos dias. Eu creio que foi o período no qual eu mais me diverti ao desenhar. Ambientes e personagens. E, seguramente, um notável feeling com o personagem principal.

Existem muitas empresas que, quando te empregam como empregado ou prestador de serviço, te acolhem com tapinhas nas costas e “Benvindo à família...”. Porém acontece, em demasia, que na maioria dos casos, pouco depos de acolher-te naquela “família”, acontecem coisas horríveis e tu maldirás o dia em cujo te deram as boas vindas. Quando eu fui acolhido na casa Bonelli eu me senti lentamente de entrar a fazer parte realmente de uma especial grande família. De fato, desde então eu não sou mais separado. Eu me sinto ainda a fazer parte de uma grande família.

Depois de Mister No, eu realizei um álbum de Dampyr, o mata vampiros criado por Mauro Boselli e Maurizio Colombo. Personagem particularmente interessante à medida que se insere em todos os focos ou verdadeiros e próprios incêndios de guerra que hoje em dia flagelam o nosso planeta, a figura de algum vampiro que naturalmente tem a própria vantagem na existência de sanguinosas disputas entre os humanos – maravilhosa metafóra da realidade.

Andando além, tornando porém em ambientes anos 1950, eu realizei os desenhos para três álbuns de Brad Barron, história em quadrinhos de ficção científica criada por Tito Faraci, que hipotetiza uma invasão alienígena datada na metade do século passado. As atmosferas são aquelas dos filmes de ficção científica daqueles anos.

Sucessivamente, sempre sobre textos de Tito Faraci, eu desenhei quatro álbuns de “Tex” - duas histórias muito diversas entre si. Na primeira, nós vemos entrar em cena um escritor inglês que, flanqueando os nossos heróis, se descobre ser também hábil atirador com o Colt, ótimo pugilista e desenhista proficiente. Naturalmente o escritor em questão quer escrever e contar ao público britânico as proezas de valorosos homens no Oeste selvagem.

Na história sucessiva, nós encontramos em obra um perigoso bando de ladrões, com um personagem – Slade – que apesar de ser o “mau”, é tão canalha que torna-se simpático. Tex e Carson estão sobre as suas pistas aos confins do Novo México.

Depois, para “Tex Magazine”, eu desenhei uma história breve de Luigi Mignacco e outra, ainda inédita, escrita por um ótimo estreante – Filippo Iriti – que eu espero rever a obra sobre outros roteiros.

Atualmente, eu me encontro empenhado sobre uma longuíssima história escrita por Mauro Boselli, que vê os nossos heróis imersos em ambientes nunca pisados precedentemente. Durante o trabalho, eu tive a honra de realizar o final do “Maxi Tex” desenhado pelo grande quadrinista argentino Miguel Angel Repetto, que, infelizmente, deixou o nosso mundo. Eu tive meio de ver e admirar as suas pranchas que, não obstante a idade muito avançada de  99 anos, continuavam a ser de altíssimo nível gráfico.

Isso, para o momento, é quase tudo...

Até logo, Brasil! 


A série “Blueberry” foi criada por Jean-Michel Charlier e Jean Giraud
Blueberry © Jean-Michel Charlier / Jean Giraud – Dargaud Éditeur

O personagem Tex foi criado por Giovanni Luigi Bonelli e realizado graficamente por Aurelio Galleppini
Tex © Sergio Bonelli Editore

Blueberry, il fratello francese di Tex.
Blueberry, o irmão francês de Tex.

Sergio Bonelli
Editor e roteirista

Io ringrazio a Giovanni Bruzzo per il disegno di Blueberry e Tex, eroi del fumetto western, per il blog Blueberry.
Eu agradeço a Giovanni Bruzzo pelo desenho de Blueberry e Tex, heróis da história em quadrinhos western, para o blogue Blueberry.

Afrânio Braga

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