domingo, 19 de outubro de 2025

“Undertaker”: 10 anos de uma série fenômeno

 “Undertaker”: 10 anos
de uma série fenômeno


Em somente oito álbuns, Xavier Dorison, Ralph Meyer e Caroline Delabie impuseram “Undertaker” como um clássico incontornável da história em quadrinhos!


Pela equipe Dargaud
Em 19 de setembro de 2025




É mais que do western

Os personagens fortes e complexos, de grandes questões existenciais - o poder, a ética, a identidade, o fanatismo religioso... E em cada díptico, uma problemática política que ressoa fortemente com o nosso mundo contemporâneo.

Cada ciclo esconde uma verdadeira tragédia grega, um conto filosófico onde as batalhas de valores da época refletem as problemáticas bem atuais.


Undertaker - Les 10 ans de la série phénomène


O ciclo do devorador de ouro

Um coveiro, uma governante inglesa, uma empregada doméstica chinesa... Eis os protagonistas do 1º ciclo da série “Undertaker”. Três dias, um carro funerário e um tesouro escondido, 50 milhas (1) a percorrer e uma cidade inteira de garimpeiros agitadíssimos em seus calcanhares, eis o desafio deles! Um confronto entre a justiça e a moral.

N. C.: 1) 50 milhas = 80,47 quilômetros.  



O Ciclo do Ogro

Jonas Crow face a um inimigo diabólico: um monstruoso cirurgião que transforma cada paciente em cúmplice mortal contra o Undertaker... Empenha-se em uma caçada humana ofegante... Põe-se aqui a questão do utilitarismo social: Pode alguém salvar 9 pessoas em 10 e reivindicar de poder matar a última?



O Ciclo do Índio Branco

Um morto a encontrar em território inimigo... Desde que é questão de cadáver, é Jonas Crow que se chama! Ação, vingança e segredos no programa desse ciclo. O dilema de Jonas reflete aqui aquele dos índios: renegar-se para se adaptar à sociedade e sobreviver ou ser fiel a si mesmo... e morrer.



O Ciclo de Sister Oz

Entre traições, acertos de contas e lutas de poder, um ciclo explosivo que aborda uma temática forte e da atualidade, o fanatismo religioso. Duas visões do mundo se confrontam: a piedade mística e a defesa feroz da liberdade e a tolerância.




Entrevista com os autores

As primeiras páginas desse álbum (volume 8 “Le Monde selon Oz” (2)) nos mergulha na Guerra de Secessão, vários anos antes da intriga principal do díptico. Por que foi importante para vocês fazer esse salto ao passado?

N. C.: 2) “Le Monde selon Oz”: “O Mundo Segundo Oz”.


Xavier Dorison
: Esse ciclo se passa em uma pequena cidade do Texas, um Estado do Sul que saiu derrotado e humilhado da guerra. O tema central é o modo em cujo se pode desviar o ódio e a humilhação das pessoas, que têm, às vezes, um desejo de vingança, prometendo a elas de restituir o seu orgulho. É nisso que se vê hoje com Trump que se pega à Universidade, às mídias... É a “vingança dos últimos da classe”. A Guerra de Secessão é, portanto, realmente o pano de fundo que explica bastante de reações e de comportamentos dos personagens...




Ralph Meyer: E em particular de Sister Oz, que é a personagem central desse ciclo e que dá o seu nome a esse álbum. A cena introdutiva, repleta de fumaça e de violência, não conta uma batalha precisa, historicamente situada, mas um momento fundador na vida dessa jovem mulher.













Caroline Delabie:
Nós quisemos começar esse segundo volume clareando um pouco a sua personalidade, para permitir aos leitores de compreender como ela caiu em uma concepção fanática da religião. Não para desculpar o seu extremismo, que a corta de toda forma de empatia, mas para dar a ela ainda uma forma de compaixão.









Para o seu herói Jonas, o passado também é importante. Mas vocês não levantam completamente o véu sobre aquilo que ele vivenciou.

Ralph Meyer: O mistério faz parte do seu personagem. A nós de livrar, cada vez, de pequenos elementos do seu passado, mas sem revelar tudo de um bloco, isso seria, na realidade, assaz frustrante.

Caroline Delabie: Sem detalhar o seu passado, se conhece ele cada vez melhor ao longo dos álbuns, e se compreende as suas reações. Por exemplo, no início dessa história, quando ele encontra aquela mulher que quer abortar lutando com as pessoas que querem impedi-la, ele não está muito preocupado. Ele nunca colocou esse tipo de questão. E pouco a pouco, ele se deixa tocar, até se implicar realmente. 



Xavier Dorison: Jonas é, fundamentalmente, um idealista decepcionado. Ele faz parte dessas pessoas que esperaram bastante da humanidade, mas que, de desilusão em desilusão, se tornaram quase misantropas. Há nele uma forma de ódio. E se ele se ocupa dos mortos, é de alguma parte que ele os prefira aos vivos. Mas ele não se refaz, e Jonas retorna à sua verdadeira natureza. Atrás da sua aparência áspera, ele esconde um coração sensível. Ele tem um valor cardinal: a liberdade. Com o reverso da medalha desse valor: a falta de afeição, a dificuldade de atar as relações.  


O quê o western representa para você?

Xavier Dorison: Isso que me apaixona no western: é uma forma de exercício de pensamento, muito restringido, que consiste em colocar um pequeno número de pessoas em uma situação que elas devem resolver sozinhas, sem suporte exterior. A pequena cidade, sobre a qual reina em geral uma injustiça, é como uma cena de teatro. Os humanos estão face a eles mesmos, sem saídas, sem artifícios, obrigados a se confrontar as grandes questões existenciais. É fascinante e inesgotável. Há, além disso, muito subgêneros. Nesse álbum, o espírito é aquele de “Rio Bravo” (3), de Howard Hawks, ou de “3 h 10 pour Yuma” (4), de Delmer Daves. Os mocinhos detêm o malvado e estão sitiados. Eles vão aguentar? Quanto tempo?


N. C.: 3) “Rio Bravo” (título original): “Onde Começa o Inferno” (título no Brasil). 4) “3:10 to Yuma” (título original): “Galante e Sanguinário” (título no Brasil).




Daí o ritmo particular desse álbum no qual se alternam as cenas assaz imóveis, onde a tensão sobe, e de outras onde a violência se desencadeia...

Ralph Meyer: Sim e é muito interessante do ponto de vista do desenho porque se tem que saber dosar os seus efeitos. Quando se sai de um isolamento irrespirável, com uma discussão pesada, uma ameaça onipresente, mas de personagens que permanecem estáticos, uma cena de ação onde a violência se desencadeia é tanto mais espetacular! Pode se soltar, ir ao excesso. É um prazer para o leitor, como também para o desenhista.

Caroline Delabie: As cores estão lá para sustentar esses contrastes e reforçar os efeitos narrativos. Sai-se, às vezes, de uma forma de realismo para ir às tonalidades mais expressivas ou simbólicas, com um crescente na violência.

Xavier Dorison: As cores representam, em efeito, um verdadeiro papel narrativo. E eu devo dizer que, com Ralph e Caroline, eu agrado plenamente os olhos cada vez que eu descubro as novas páginas. Os enquadramentos e as encenações são sempre inventivos e cheios de vida e magnificência toda aquela iconografia que se adora todos os três: o saloon, o winchester, os cavalos e os grandes espaços...


“Le Monde selon Oz”

A terrível Sister Oz está disposta a tudo para impedir Eleanor de abortar. Por exemplo: de assassinar o doutor Randolph Prairie, que se preparava para praticar a operação, como ela já assassinará friamente o xerife de Eaden. Nessa pequena cidade do Texas, saído arruinado e humilhado da Guerra de Secessão, ela tem o seu manejo sobre o ressentimento e o espírito de vingança para reunir a população em seu delírio funesto. Jonas Crow, que foi ali para reencontrar a sua querida Rose, se encontra não obstante implicado nesse negócio. Mas, atualmente, ele está decidido a fazer de tudo para defender a liberdade e a tolerância. Para que não triunfe certa visão do mundo: o mundo segundo Oz.




Após “Mister Prairie”, esse oitavo volume de “Undertaker” assinala o fim de um díptico crepuscular, sombrio e opressor. Porque sob o rosto de anjo e a aparente candura da Sister Oz se esconde uma das adversárias mais terríveis que teve de cruzar com o Undertaker. E se o véu levantado sobre os episódios dramáticos do seu passado permite compreendê-la, nada poderia desculpar o cinismo e a crueldade de suas ações que ela aureola de uma piedade mística. Entre cenas de ações memoráveis e momentos de pura emoção, com um desenho magistral e mais sensível que nunca, o trio Dorison, Meyer e Delabie, ao ápice de sua arte, assina um álbum de tirar o fôlego.

Decididamente, “Undertaker” está a enfileirar entre as maiores séries da história em quadrinhos.



LE MONDE SELON OZ

AUTOR: XAVIER DORISON, RALPH MEYER, CAROLINE DELABIE
DESENHISTA: RALPH MEYER
ROTEIRISTA: XAVIER DORISON
COLORISTA: RALPH MEYER, CAROLINE DELABIE

Boa leitura!

Fonte: Dargaud Éditeur, Paris, França.

Undertaker © Xavier Dorison / Ralph Meyer / Caroline Delabie – Dargaud Éditeur
Undertaker : les dix ans d'une série phénomène © 2025 Dargaud Éditeur

Afrânio Braga

Edições do grupo Média-Participations na Amazon Brasil. Acesse a livraria por um dos links abaixo:






segunda-feira, 6 de outubro de 2025

Exposição Colin Wilson na livraria Bulles en Tête 2025

Texto do cartaz: Exposição-venda Colin Wilson. De 25 de setembro
a 12 de outubro. Vernissage em 25 de setembro de 2025,
a partir de 18:00 horas, com a presença de Colin Wilson.
Livraria Bulles en Tête Le Peletier, Paris.


Exposição Colin Wilson na
livraria Bulles en Tête 2025


Exposição-venda Colin Wilson

A livraria Bubles en Tête Le Peletier tem o prazer de convidá-lo a descobrir os magníficos originais de Colin Wilson!

50 peças serão apresentadas a partir de quinta-feira, 25 de setembro:

- 20 pranchas saídas dos volumes 4 e 5 de “Nevada”;
- 2 pranchas de “La Junesse de Blueberry” (as últimas ainda em sua posse!);
- 1 prancha de “XIII Mystery” " Avant le jour du soleil noir" (história em uma prancha para um álbum comemorativo);
- 10 ilustrações de Blueberry nos formatos A4 e A3.

Vernissage na quinta-feira, 25 de setembro, com a presença de Colin Wilson.

Colin Wilson dedicará os seus álbuns no sábado, 27 de setembro, às 15:00 horas na livraria Bulles em Tête Le Peletier. 15 pessoas, entre aquelas presentes, serão sorteadas, às 15:00 horas, na livraria.


Extratos

La Jeunesse de Blueberry: Terreur Sur Le Kansas • Página 10 – Tamanho da página: 57,3 cm x 45,4 cm (Imagem: 48,2 cm x 37,5 cm) Reservada


La Jeunesse de Blueberry: Le Prix du sang • Página 15 – Tamanho da página: 62,8cm x 51,0cm (Imagem: 56,0cm x 43,2cm) 2000€


Blueberry #301 (A4) 29,7cm x 21,0 cm (Imagem 29,0 cm x 19,0 cm) 500€ (Reservada)
N. C.: Red Neck e Mike Blueberry.


Blueberry#627 (A4) 29,7 cm x 21,0 cm (Imagem 29,0 cm x 19,0 cm) Reservada


Blueberry Ilustração #638 (A4) 29,7cm x 21,0 cm (Imagem 29,0 cm x 19,0 cm) Reservada


Blueberry Ilustração #652 (A4) 29,7cm x 21,0 cm (Imagem 29,0 cm x 19,0 cm) 400€


Blueberry Ilustração #674 (A4) 29,7cm x 21,0 cm (Imagem 29,0 cm x 19,0 cm) Reservada


Blueberry Ilustração #639 (A3) 42,0 cm x 29,7 cm (Imagem 40,0 cm x 27,0 cm) Reservada
N. C.: Mike Blueberry e Red Neck.


Blueberry Ilustração #655 (A3) 42,0 cm x 29,7 cm (Imagem 40,0 cm x 27,0 cm) Reservada
N. C.: Mike Blueberry e Chihuahua Pearl.


Blueberry Ilustração #656 (A3) 42,0 cm x 29,7 cm (Imagem 40,0 cm x 27,0 cm) 1000€
N. C.: Chihuahua Pearl, Red Neck e Mike Blueberry.


Blueberry Ilustração #668 (A3) 42,0 cm x 29,7 cm (Imagem 40,0 cm x 27,0 cm) 1000€ Reservada
N. C.: Mike Blueberry e Chihuahua Pearl à frente de uma caravana.


Blueberry Ilustração #675 (A3) 42,0 cm x 29,7 cm (Imagem 41,0 cm x 28,5 cm) Reservada
N. C.: Chihuahua Pearl, Mike Blueberry, Red Neck, encostado na locomotiva, e Jimmy McClure, esperando na charrete.


Blueberry Ilustração #676 (A3) 42,0 cm x 29,7 cm (Imagem 40,0 cm x 28,0 cm) Reservada
N. C.: Red Neck, Mike Blueberry e Jimmy McClure.

Fonte: Librairie Bulles em Tête Le Peletier, Paris, França, e site canalbd.net

As séries “Blueberry” e “La Jeunesse de Blueberry” foram criadas por Jean-Michel Charlier e Jean Giraud.
Blueberry © Jean-Michel Charlier / Jean Giraud – Dargaud Éditeur
La Jeunesse de Blueberry © Jean-Michel Charlier / Jean Giraud – Dargaud Éditeur

Afrânio Braga

Edições do grupo Média-Participations na Amazon Brasil. Acesse a livraria por um dos links abaixo:






quarta-feira, 24 de setembro de 2025

Lara Croft de “Tomb Raider” por Moebius

 Lara Croft em “Tomb Raider The Angel of Darkness”.


LARA CROFT
DE “TOMB RAIDER”
POR MOEBIUS


Lara Croft de “Tomb Raider” por Moebius.


Jean Giraud aka Moebius.


“Tomb Raider” é uma série de jogos eletrônicos, histórias em quadrinhos e filmes tendo como protagonista a personagem Lara Croft. Desde o lançamento do primeiro “Tomb Raider”, em 1996, as séries tiveram um grande lucro e Lara Croft transformou-se em um dos principais ícones da indústria de videogames. O Guiness Book reconheceu Lara Croft como "A melhor aventureira heroína do mundo de videogame mais bem sucedida" em 2006.

Seis jogos da série foram desenvolvidos pela Core Design, e os três últimos pela Crystal Dynamics. Todos os jogos foram publicados pela Eidos Interactive, que mantém os direitos dos personagens e a marca registrada de “Tomb Raider”. Para o cinema, “Lara Croft: Tomb Raider” e “Lara Croft Tomb Raider: The Cradle of Life” foram produzidos, estrelando a atriz americana Angelina Jolie como Lara Croft. Todos os jogos “Tomb Raider” venderam mais de 89 milhões de unidades, fazendo uma das séries de videogames mais vendidas de todos os tempos.

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Em 2011, a GK Films adquiriu pela primeira os direitos de reiniciar o filme, e em abril de 2016, a MGM e a GK Films anunciaram a reinicialização do filme estrelado por Alicia Vikander como Lara Croft e Roar Uthaug dirigindo “Tomb Raider – A Origem” e o mesmo foi lançado em 16 de março de 2018.

Fonte: “Virou Filme! Lara Croft: Tomb Raider (2001)”, artigo de Rafael Oliveira em BigCine.

© Os autores, os editores, os produtores, os diretores e os seus herdeiros legais

Afrânio Braga

Produtos de Tomb Raider na Amazon Brasil – clique no link abaixo:



quarta-feira, 10 de setembro de 2025

A inspiração de Jean Giraud para o desenho da capa de “Pilote” n° 532

Jean Giraud, também conhecido como Moebius. 


A inspiração de Jean Giraud
para o desenho da
capa de “Pilote” n° 532


The Narrows em Zion National Park,
Utah, Estados Unidos da América.


O desenho da capa de
“Pilote” n° 532 com Blueberry.


Jean Giraud, em arte Gir para histórias em quadrinhos western, se inspirou na área de caminhada The Narrows no Park National Park (Parque Nacional de Zion), Utah, Estados Unidos da América, para a ilustração da capa de “Pilote” n° 532, de 15 de janeiro de 1970, com o Tenente Mike Blueberry, na estreia da história “Le Spectre aux balles d’or” (“O Espectro das Balas de Ouro”, título em português) no famoso hebdomadário da editora Dargaud.




A história “Le Spectre aux balles d’or” foi publicada pela editora Dargaud no 3º trimestre de 1972 no volume 12 da série “Blueberry” e pré-publicada na revista semanal “Pilote” do número 532 (15 de janeiro de 1970) ao número 557 (9 de julho de 1970) mais um anúncio no número 531 (8 de janeiro de 1970) e duas capas nos números 532 (15 de janeiro de 1970) e 555 (25 de junho de 1970).


Zion National Park, Utah,
Estados Unidos da América.


Fotografias: Hans Frederiks: Jean Giraud; Vidya Prabu: The Narrows, Zion National Park, Utah, USA para Bang Vo Travel Service, Vietnã; Daniel Kaufman: Zion National Park, Utah, USA. Imagens: Internet: desenho da capa de “Pilote” n° 532; LJM: capa de “Pilote” n° 532.

A série “Blueberry” foi criada por Jean-Michel Charlier e Jean Giraud.
Blueberry © Jean-Michel Charlier / Jean Giraud – Dargaud Éditeur

Afrânio Braga

Edições do grupo Média-Participations na Amazon Brasil. Acesse a livraria por um dos links abaixo:




terça-feira, 12 de agosto de 2025

“Marshal Blueberry” Editora Pipoca e Nanquim

 A capa.


MARSHAL BLUEBERRY
 
EDIÇÃO DEFINITIVA


Nesta minissérie que nada deve aos melhores capítulos da saga original, Jean Giraud se une a dois veteranos dos quadrinhos europeus de faroeste para contar uma nova aventura de Blueberry nos tempos do Forte Navajo!

Estamos de volta a 1868, época em que Blueberry, um dos personagens mais amados dos quadrinhos europeus, ainda atuava como tenente no lendário Forte Navajo. Para investigar uma rede de corrupção que contrabandeia armas, o marrento militar acaba sendo designado para o posto de marshal na remota e infame cidade fronteiriça de Heaven. Mas há pessoas poderosas que não o querem por lá e farão de tudo para que essa estadia seja a menos tranquila possível...

Após a morte do roteirista Jean-Michel Charlier, cocriador e maestro por trás do consagrado personagem, seu parceiro criativo Jean Giraud, também conhecido como Moebius, se viu diante de uma missão complexa: para além dos desenhos, ele precisaria agora assumir também os roteiros nos capítulos seguintes da saga que a dupla vinha desenvolvendo há décadas. Então, antes mesmo de dar continuidade à série principal, para testar suas habilidades na criação de uma narrativa de Blueberry, Giraud escreveu este spin-off, localizado temporalmente entre as histórias “General Cabeça-Amarela” e “A Mina do Alemão Perdido”.

Para ilustrar a aventura, que remete diretamente às raízes da franquia, Giraud chamou ninguém menos que outra lenda do mercado franco-belga: William Vance, o artista por trás da aclamada história em quadrinhos de espionagem “XIII” e famoso por seu traço realista e cheio de detalhes. Os dois primeiros capítulos levam a sua assinatura, e quem assume o terceiro é um brilhante discípulo de Giraud, Michel Rouge, recém saído de outro faroeste de sucesso, “Comanche”. O resultado deixou mais do que claro para todos os leitores que Giraud estava pronto.

Chegando em capa dura e no mesmo formato da série clássica, “Marshal Blueberry” reúne em um único volume todos os três capítulos da minissérie spin-off: “Por Ordem de Washington”, “Missão Sherman” e “Fronteira Sangrenta”. Uma edição indispensável na sua coleção de Blueberry, mas que também pode ser lida sem nenhum conhecimento prévio da série. O encontro de três gênios das histórias em quadrinhos western, aprofundando ainda mais a lenda do maior herói do Oeste!

N. C.: Cores: Petra: “Por Ordem de Washington” e “Missão Sherman”; Scarlett Smulkowski: “Fronteira Sangrenta”. Adaptação: Thierry Smolderen: “Missão Sherman”. 

“Marshal Blueberry” à venda na Amazon Brasil. Clique no link abaixo:


Extratos



















“Marshal Blueberry” à venda na Amazon Brasil. Clique no link abaixo:




Sobre os autores

Jean Giraud (1938 – 2012), também conhecido como Moebius, é o mais influente nome das histórias em quadrinhos francesas dos últimos cinquenta anos. Começou a trabalhar na área aos dezoito e ganhou fama ao desenhar a série de faroeste “Blueberry”, iniciada em 1963 na revista “Pilote”. Mas a sua reputação mundial veio na década de 1970, quando ajudou a fundar a revolucionária revista de fantasia e ficção científica “Métal Hurlant”, onde deu vazão às suas mais mirabolantes ideias com um estilo de desenho imaginativo, surreal e completamente inovador. A consagração definitiva chegou com o lançamento de “Incal”, em 1980, escrito pelo cineasta e multiartista Alejandro Jodorowsky, e considerado um dos maiores clássicos das histórias em quadrinhos mundiais. Além das centenas de histórias em quadrinhos publicadas, dentre as quais se destacam obras como “Arzach” (1975), “O Mundo de Edena” (1983 – 2001) e “Surfista Prateado: Parábola” (1988), ele também colaborou com diversos filmes, como “Alien: O 8º Passageiro” (1979), “Tron” (1982) e “O Quinto Elemento” (1997). Entre os seus admiradores estão nomes como Federico Fellini, George Lucas, Stan Lee, Hayao Miyazaki, Jiro Taniguchi e Katsuhiro Otomo.

WilliamvanCutsem (1935 – 2018), mais conhecido pelo pseudônimo William Vance, nasceu na comuna de Anderlecht, Bélgica. Trabalhou por quase uma década na publicidade, até largar tudo para iniciar uma carreira nas histórias em quadrinhos, tornando-se assistente do italiano Dino Attanasio. Contratado pela prestigiosa revista “Tintin” para desenhar histórias em quadrinhos biográficas, logo se destacou por seu estilo realista e obsessivo. Foi também na “Tintin” que ele desenvolveu alguns de seus trabalhos mais conhecidos, como o faroeste “Ringo” (1966 – 1978) e as aventuras do espião Bruno Brazil (1969 – 1995), que lhe renderam um Prêmio Saint-Michel. Mas seu maior sucesso viria em 1984, com “XIII”, escrita pelo roteirista Jean Van Hamme (o mesmo de “Thorgal”) e que vendeu mais de 14 milhões de cópias, inspirando jogos de tabuleiro, videogames e até mesmo uma série de TV. Em 1991, foi convidado por Giraud para desenhar “Marshal Blueberry”, assinando os dois primeiros capítulos com as cores de sua esposa Petra. Passou os últimos anos de sua vida na Espanha, desenhando novas histórias de “XIII” até a sua aposentadoria, em 2010.

MichelRouge (1950 – ) nasceu em Paris e estudou na Escola de Artes Aplicadas Duperré, onde aprendeu a fazer histórias em quadrinhos com grandes mestres como Yves Got e Georges Pichard. Em 1977, publicou as suas primeiras histórias em quadrinhos na revista “Trio”, já demonstrando uma forte influência de nomes como Giraud e Jijé. Em seguida, vieram participações em publicações de prestígio, como a “Métal Hurlant” e a “Pilote”, e, em 1979, lançou seu primeiro álbum, “Légendes de l’Éclatée” (“Lendas dos Obliterados”). Seguiu engatando séries de sucesso, como as fantasias medievais “Les Écluses du Ciel” (“As Chaves do Paraíso”, 1981 – 1994) e “Les Héros Cavaliers” (“Os Heróis Cavaleiros”, 1986 – 1997), até ser convidado pelo roteirista Greg para assumir o aclamado faroeste “Comanche”, o qual permaneceu desenhando por mais de dez anos. Em 2021, assinou uma história curta na aclamada antologia “Go West Young Man”, e, atualmente, ele trabalha no segundo volume de sua série “Gunfighter”.

Detalhes do álbum

Editora: Pipoca e Nanquim
Data da publicação: 29 de agosto de 2025
Edição: 1ª
Idioma: Português
Número de páginas: 148 páginas, a cores
Capa: dura
ISBN-10: ‎6554482458
ISBN-13: ‎978-6554482455
Peso do produto: 700 g
Dimensões: 20,5 x 27,2 x 2,0 cm

Fonte: Editora Pipoca e Nanquim e Amazon Brasil.

A série “Blueberry” foi criada por Jean-Michel Charlier e Jean Giraud.
Blueberry © Jean-Michel Charlier / Jean Giraud – Dargaud Éditeur

Marshal Blueberry Intégrale tome 0 © 2017 Jean Giraud / William Vance / Michel Rouge - Dargaud Éditeur
Marshal Blueberry Edição Definitiva © 2025 Jean Giraud / William Vance /Michel Rouge – Editora Pipoca e Nanquim

Afrânio Braga

“Marshal Blueberry” à venda na Amazon Brasil. Clique no link abaixo: