“Blueberry”
Roteirista:
Jean-Michel Charlier
Desenhista:
Jean Giraud
Em
matéria de western, Blueberry constitui a referência absoluta. Foi em 1963, que
é criado esse personagem, para “Pilote” (1), por Charlier e Giraud. Eles estabelecem
de saída um sólido soldado que surge como o sósia de Belmondo (2). A semelhança
se esfumaça ao longo dos episódios.
Blueberry
é um cabeçudo: tinhoso, nem sempre respeitador do rigor militar, indisciplinado,
ele não hesita, às vezes, em desertar para melhor completar suas missões. O
roteiro utiliza todos os lugares comuns do western americano, com tudo quilo
que ele precisa de reviravoltas e personagens pitorescos (Mc Clure (3), Angel
Face (4), Red Neck, Chihuahua Pearl (5), etc. - sem contar os índios que são
reabilitados pelos autores, ponto de vista adotado também em “Cartland” (6)).
Paralelamente
ao ciclo clássico da saga de “Blueberry”, Giraud desenha, entre 1968 e 1970, a
juventude do futuro tenente (7). Essa “série” retoma seu curso, em 1985, sob o
lápis de Colin Wilson (8), muito respeitador do estilo imposto por Giraud. Os
álbuns, sucessivamente, têm sido editados por Dargaud (22 títulos, o essencial
da base), em seguida por Fleurus/Hachette (9) (10), depois por Novédi (11) e, enfim, por Alpen (12) para a novidade desenhada por Vance (13). A Dargaud inicia a
reedição dos álbuns “Blueberry” (14) com novas maquetes e novas cores (15).
Fonte: Dargaud Éditeur.
Fonte: Dargaud Éditeur.
N.C.: 1) “Blueberry” foi lançado na revista “Pilote”
Nº 210, de 31 de outubro de 1963, Dargaud Éditeur. 2) O ator francês Jean-Paul Belmondo. 3) Jimmy Mc Clure. 4) Angel
Face, apelido de Marmaduke O’Saughtnessy, jovem assassino de aluguel. 5)
Chihuahua Pearl, apelido de Lily Calloway, bela cantora e dançarina de saloon,
cuja carreira estava no auge em Chihuahua, capital do Estado de Chihuahua, México.
6) Jonathan Cartland, personagem
western, de uma série homônima, criado pelo roteirista Laurence Harlé e pelo
desenhista Michel Blanc-Dumont e lançado, em 1974, em “Lucky Luke”. 7) Histórias publicadas em “Pocket
Pilote” e relançadas em álbuns – “La Jeunesse de Blueberry” (“A Juventude de
Blueberry”), 1975, “Un Yankee nommé Blueberry” (“Um Ianque Chamado Blueberry”),
1978 e “Cavalier bleu”, 1979. 8)
Colin Wilson desenhou seis álbuns da série “La Jeunesse de Blueberry” (“A
Juventude de Blueberry”) – três com roteiros de Jean-Michel Charlier e três com
roteiros de François Corteggiani, o atual roteirista da série – de 1985 a 1994.
9) A editora Fleurus publicou “La
Longue Marche” (“A Longa Marcha”), em 1980. 10) A editora Hachette publicou “La Tribu fantôme” (“A Tribo
Fantasma”), 1982, e “La Dernière carte” (“A Última Cartada”), 1983. 11) A editora Novédi publicou “Le Bout
de la piste” (“O Fim da Pista”), em 1986. 12)
A editora Alpen Publishers publicou “Arizona Love” (“Arizona Love”), volume 23
de “Blueberry”, em 1990, “Sur ordre de Washington” e “Mission Sherman”, respectivamente
o primeiro e o segundo volume de “Marshal Blueberry”, em 1991 e 1993. 13) William Vance desenhou, com
roteiros de Jean Giraud, os dois primeiros álbuns da série “Marshal Blueberry”,
que foi concluída, no terceiro álbum, “Frontière sanglante”, 2000, pelo
roteirista Jean Giraud e pelo desenhista Michel Rouge. 14) A Dargaud publicou “Blueberry” de “Fort Navajo”, 1965, a “Nez
Cassé” (“Nariz Partido”), 1980; retomou a publicação, em 1995, com “Mister
Blueberry”, e relançou os álbuns publicados pelas demais editoras. 15) Os álbuns da série “La Jeunesse
Blueberry” (“A Juventude de Blueberry”) desenhados por Michel Blanc-Dumont, foram
pintadas, à exceção de “Gettysburg”, por Claudine Blanc-Dumont, a sua esposa,
falecida em 10 de outubro de 2012, que também repintou vários volumes da série “Blueberry”.
Capa de "Fort Navajo", uma das reedições. |
“Fort Navajo”
Blueberry
é designado a Forte Navajo. No curso do caminho ele encontra o Tenente Graig e
eles chegam ao rancho dos Stanton, completamente queimado e coberto pelos cadáveres
de seus habitantes. Tudo levar a crer que aquilo se trata de uma ação dos
índios e o Tenente Graig decide seguir sua pista para libertar o filho de
Stanton que está nas mãos deles.
Blueberry
vai ter que manobrar entre a inconsciência de Graig e o ódio dos índios, que
anima o comandante Bascom, braço direito do Coronel Dickson em Forte Navajo. Quando
uma cascavel entra no jogo, tudo se complica...
O
tenente Blueberry mais jovem do que nunca! Trinta anos após sua criação, aqui
está sua primeira aventura com novas cores. Jean Giraud, achando que seus
álbuns tinham necessidade de uma reforma, desejava concretizar esse projeto
após muito tempo. Claudine Blanc-Dumont está atrelada à tarefa sob o olho
vigilante do mestre.
Álbuns
destinados aos fãs incondicionais de “Fort Navajo”, mas também a toda uma nova
geração que descobriu essa série de Jean-Michel Charlier e Jean Giraud, que faz
doravante parte dos grandes clássicos do gênero.
Toda
a coleção dos “Blueberry” lançados pela Dargaud se beneficiará pouco a pouco
desse renascimento.
Fonte: Dargaud Éditeur.
Fonte: Dargaud Éditeur.
Prancha 1. |
Prancha 2. |
Prancha 3. |
Ficha técnica
“Fort Navajo”
“Forte
Navajo”
Roteiro: Jean-Michel Charlier
Roteiro: Jean-Michel Charlier
Desenhos:
Jean Giraud
Capa:
Jijé
Cores: Claude Poppé
Volume: 1
Ano de publicação da primeira edição: 1965
Coleção: La Collection Pilote
Cores: Claude Poppé
Volume: 1
Ano de publicação da primeira edição: 1965
Coleção: La Collection Pilote
Número
de pranchas: 46
Gênero:
Western
Preço:
11.99 €
Formato:
22,5x29,8 cm
Público:
Todos os públicos – Família
Dargaud
Éditeur, Paris, França
N. C.: Recolorização: Claudine Blanc-Dumont
Fonte das imagens: Dargaud Éditeur.
A
capa da 1ª edição de “Fort Navajo”.
La Collection Pilote présente une Aventure du Lieutenant Blueberry.
A prancha
1 da 1ª edição.
A
contracapa da 1ª edição. O volume 1 foi publicado em
La Collection Pilote; o segundo álbum, "Tonnerre à l'Ouest",
saiu na série Fort Navajo une Aventure du Lieutenant
Blueberry, que mudou de título algumas vezes até a atual Blueberry.
Fonte das imagens: Bedetheque.
FORT NAVAJO
Primeiro episódio
Esse episódio foi pré-publicado em
“Pilote” entre 31 de outubro de 1963 e 2 de abril de 1964.
Quando a série “Blueberry” foi
criada, Jean-Michel Charlier era codiretor da revista “Pilote”: “Meu
primeiro encontro com Giraud remonta imediatamente à estreia de “Pilote”. Ele
veio me propor uma série western, me pediu para escrever o roteiro para ele. Mas,
à época, eu não estava muito induzido sobre o western, e eu estava constrangido
pela semelhança de seu desenho com aquele de Jijé. Muito tempo depois, em 1963,
em seguida a uma viagem pelo Oeste americano, eu, bruscamente, desejei me meter
no western. Eu, portanto, logicamente falei a Jijé, um dos especialistas na
matéria. Ele me respondeu que o projeto não o tentava, mas citou Giraud como
possível desenhista. Então, eu me recordei de nosso primeiro
encontro “fracassado”, e também da qualidade notável dos desenhos que ele havia
então me apresentado. Eu, imediatamente, chamei Jean, ele veio me
ver: assim nascia o Tenente Blueberry.”.
Participante da criação do
personagem, Giraud encontrará o seu nome: “Charlier propôs nomes que soassem
bem, mas eu desejava, eu, qualquer coisa suave que iria bem a um tipo
turbulento. Eu caí sobre Blueberry, porque esse era um nome em uma
"Geographic Magazine" aberta sobre minha mesa: era aquilo que me
faltava, e isso satisfez a Chalier.”.
Fonte:
Blueberry L’Intégrale / 1. Anthology – Les classiques de la bande dessinée.
Charlier – Giraud. Éditions Niffle, Bélgica, 2002.
Primeiro volume das aventuras do agora célebre tenente
Blueberry, que começa intenso com encontro do herói em apuros e salvamento de
um jovem oficial, recentemente saído de West Point, das garras dos índios,
seguido ao massacre de uma família de colonos, de cuja os índios mescaleros
haviam raptado a criança. Isso vai provocar uma guerra indígena...
Esse álbum é assaz clássico e é fortemente inspirado em “Fort
Apache”, mas permite apresentar Blueberry, que já tem um caráter bem cimentado
(trapaceiro, zombador e brigão). Há muita ação e papéis secundários bem
trabalhados como o mestiço Crowe.
Para a história, é Jijé, mentor de Giraud, quem desenha a
capa e Blueberry é muito inspirado em Jean-Paul Belmondo, que tem dado sua permissão
para que a dupla de autores pudesse “utilizar” seu rosto.
Laurent V
"Fort
Navajo" - "Forte Navajo"
Lançado em 31 de
outubro de 1963 na revista "Pilote", Blueberry foi publicado,
inicialmente, em capítulos; primeira aventura foi entre 31 de outubro de
1963 e 2 de abril de 1964. O álbum "Fort Navajo" saiu dois anos
depois, em 1965, e é o inicial do ciclo Forte Navajo. As Primeiras Guerras
Indígenas (álbuns 1 a 5) - Arizona, Novo México e Texas. Junho de 1867 a Maio
de 1868. Acontecimentos históricos: Negócio Bascom, As Guerras Indígenas e A
Construção do Caminho de Ferro. Claudine Blanc-Dumont é esposa de Michel
Blanc-Dumont, o desenhista atual da série "A Juventude de Blueberry",
de cuja é colorista, assim como da reedição de "Fort Navajo", de
fevereiro de 2004.
Após ser intitulada
"Forte Navajo, uma Aventura do Tenente Blueberry", depois "Uma
Aventura do Tenente Blueberry" e "Tenente Blueberry", a série
central foi denominada "Mister Blueberry", desde o álbum homônimo – a
Dargaud Éditeur reedita os álbuns, da série principal, com o título
"Blueberry".
A capa desse volume
não foi de Gir – a única da série central - mas do seu mestre, na época, Jijé,
ao qual auxiliava no também western "Jerry Spring".
"Forte
Navajo", número 1 da série "Forte Navajo, uma Aventura do Tenente
Blueberry", foi publicado em janeiro de 1980, pela Editora Vecchi, em
preto e branco. A Editora Abril relançou a história no álbum 21 da série
Graphic Novel, em setembro de 1990, em cores – "Forte Navajo", de
Charlier e Mœbius.
Editorial da Vecchi
em "Forte Navajo": "Depois de "Comanche", voltamos à
carga lançando mais uma revista em formato grande: "Fort Navajo", com
as aventuras do Tenente Blueberry, Esta história, de origem francesa, é escrita
por Jean-Michel Charlier e desenhada por Jean Giraud, que não é outro senão o
famoso Moebius, um dos mais aplaudidos desenhistas da atualidade. Quando Giraud
começou a desenhar essa série para a revista francesa "Pilote",
estava no início de sua carreira. Ainda sem atingir o seu estilo definitivo,
com influências de outros desenhistas, ele deu início a essa epopéia do
faroeste, famosa em seu país de origem há cerca de vinte anos. Tempos mais
tarde, associou-se a outros desenhistas de gabarito, usando o pseudônimo de
Moebius, e foi fundada a firma "Les Humanoides Associés", que deu
origem à badaladíssima "Métal Hurlant", uma das mais cotadas revistas
da atualidade. As histórias de "Fort Navajo" estão sendo publicadas
na mesma ordem original, e contamos com os leitores para que ela obtenha o
mesmo sucesso que as outras já consagradas publicações dessa editora."
Jean-Michel Charlier escreveu algumas histórias de “Blueberry” inspiradas em filmes western. Em “Forte Navajo”, 1963, primeira história da série, o roteirista se inspirou em “She Wore a Yellow Ribbon” (“Legião Invencível”), dirigido por John Ford, 1949, em cuja trama os tenentes Ross Penell (Harry Carey Jr.) e Flint Cohill (John Agar) disputam as atenções de Olivia Dandridge (Joanne Dru), sobrinha do comandante do forte - os dois oficiais são tipificados respectivamente pelos tenentes Blueberry e Graig, que disputam as atenções da filha do comandante Dickson – o que atrapalha, no filme, a missão do capitão Nathan Cutting Brittles (John Wayne).
Jean-Michel Charlier escreveu algumas histórias de “Blueberry” inspiradas em filmes western. Em “Forte Navajo”, 1963, primeira história da série, o roteirista se inspirou em “She Wore a Yellow Ribbon” (“Legião Invencível”), dirigido por John Ford, 1949, em cuja trama os tenentes Ross Penell (Harry Carey Jr.) e Flint Cohill (John Agar) disputam as atenções de Olivia Dandridge (Joanne Dru), sobrinha do comandante do forte - os dois oficiais são tipificados respectivamente pelos tenentes Blueberry e Graig, que disputam as atenções da filha do comandante Dickson – o que atrapalha, no filme, a missão do capitão Nathan Cutting Brittles (John Wayne).
Uma das inspirações de Jean-Michel Charlier para o
roteiro de "Forte Navajo", o primeiro álbum de Blueberry, foi o filme
"Stagecoach". Na página 8, Blueberry, sem o cavalo, mas portando a
sua sela, é recolhido por uma diligência, sobre o teto da qual se instala,
exatamente como Ringo Kid (John Wayne) no western que John Ford realizou em
1939.
"Stagecoach" ("No Tempo das Diligências", no Brasil;
"A Cavalgada Heróica", em Portugal; "La Chevauchée
fantastique", na França) é um filme de 1939, clássico do gênero western,
dirigido por John Ford. O roteiro é de Dudley Nichols e Ben Hecht, uma adaptação
de "The Stage to Lordsburg", conto de Ernest Haycox. Foi o
primeiro dos muitos clássicos do cinema que John Ford realizaria no Monument
Valley, Arizona, na fronteira com Utah, Estados Unidos. John Wayne se tornou um
astro internacional de Hollywood, após esse filme.
Inicialmente, o próprio Forte Navajo seria, da série, o personagem
principal, cujo, depois, se tornou Michael Stephen Donovan, mais conhecido por
Mike Steve Blueberry. Os dois criadores, Jean-Michel
Charlier e Jean Giraud, decidiram mudar o título da série de
"Forte Navajo, uma Aventura do Tenente Blueberry" para "As
Aventuras do Tenente Blueberry", deste para "Tenente Blueberry",
até o atual "Blueberry". Foi Jean Giraud quem escolheu o
nome do Tenente mais amado do Oeste, ao ler a palavra "Blueberry" no
sumário do volume XXIX, número 6, da revista "National Geographic",
edição de junho de 1916. Na história em quadrinhos, foi o próprio Blueberry
quem escolheu o seu nome, no episódio "O Segredo de Blueberry",
publicado no primeiro volume da série "A Juventude de Blueberry",
1975, quando, para se livrar de uma injusta acusação de homicídio, ao se juntar
ao exército nortista, viu diversos arbustos repletos de mirtilos (blueberry, em
inglês).
O visual do ator francês Jean-Paul Belmondo, foi a inspiração, de Jean Giraud, para
aquele de Mike Blueberry. Jean Giraud se inspirou, novamente, em
Jean-Paul Belmondo, apelidado de Bébel, para a ilustração da contracapa dos
álbuns do Tenente Blueberry, utilizada de "Tonnerre à l'Ouest",
número 2, 1966, a "Le bout de la piste", número 22, 1986, passado por
quatro editoras: Dargaud (do Nº 2 ao Nº 18), Fleurus (Nº 19), Hachette (Nº 20 e
Nº 21) e Novedi (Nº 22). Em "Arizona Love", número 23, 1990, a Alpen
Publishers publicou um Blueberry cowboy. Do número 24 até o 28, a Dargaud usou
um desenho de Blueberry no traje elegante do Ciclo O.K. Corral. O Rei do
Pôquer. Em "Fort Navajo", Nº 1, 1965, a Dargaud publicou a marca e a
lista dos álbuns de "La Collection Pilote".
Jean Giraud se inspirou no visual do ator Jeff Chandler, no filme
"Broken Arrow" ("Flechas de Fogo"), dirigido por Delmer
Daves, 1950, para aquele do chefe Cochise, apache chiricahua, em "Forte
Navajo".
Jean Giraud se inspirou, para realizar a histórica página de guarda
da série "Blueberry", em uma fotografia de Jean-Claude Mézières -
autor de "Valérian" (roteiros de Pierre Christin) -, seu grande amigo
desde a juventude, quando esse trabalhou como vaqueiro em Dugout Ranch, Utah,
Estados Unidos, 1966. "Blueberry sou eu! Ao meu retorno, Giraud
utilizou minha foto para as páginas de proteção de seus álbuns." -
conta Mézières, um dos mestres da Bande Dessinée.
A série "Blueberry" foi criada por Jean-Michel Charlier e Jean Giraud.
Blueberry nº 1 Fort Navajo © Jean-Michel Charlier / Jean Giraud - Dargaud Éditeur 1965
Blueberry
© Jean-Michel Charlier / Jean Giraud - Dargaud Éditeur
Afrânio Braga
Edições
do grupo Média-Participations na Livraria Amazon Brasil
Même si pour moi Jean-Michel CHARLIER est le plus grand scénariste de BD réaliste franco-belge, il a commis des erreurs de textes.
ResponderExcluirFort Navajo = erreur car Cochise n'appartient pas à la tribu des Navajos.
Les Navajos vivent aux alentours de Monument Valley, alors que Cochise et les Chiricahuas vivent à la frontière mexicaine.
Là se trouve la vraie grande erreur de la première série des 5 albums.
Les dates ne sont pas toutes exactes non plus.
Si le magazine dBD est autorisé à publier la suite de l'enquête de Jean-Michel Brouard et de ses assistants, on découvrira les erreurs de situations et de noms.
Mais ceci pour seulement remettre la réalité aux bons endroits et NON PAS pour critiquer notre maître Jean-Michel Charlier.
Nous aimons, voir adorons, le travail de Jean-Michel Charlier ; et remettre les éléments à leurs places historiques n'est pas une attaque contre notre maître.
Mais pour ceux qui ont grandi et appris plein de choses avec JMC ils faut seulement leur signaler que si les détails de manœuvres de navires à voiles ou les techniques d'aviations sont exactes, il y a eu des erreurs dans l'histoire américo-indienne.