sábado, 11 de junho de 2022

“Undertaker”: sempre o melhor western desde “Blueberry”!

 

“Undertaker”: sempre o melhor

western desde “Blueberry”!


Vocês amam os westerns? “Undertaker” é feito para vocês. Mas atenção, esse não é um western como os outros.

Pela equipe Dargaud
27 de agosto de 2021




Certamente, em “Undertaker”, há os grandes espaços, as pequenas cidades do Oeste e os saloons. A ação, as brigas e as mortes. E se há mortes, há forçosamente um agente funerário, como em todo western que se respeite.




Falemos sobre o agente funerário. Habitualmente, pessoa não notada. Mas aí, alguma coisa nos diz que seria uma pena, justamente, não dar atenção a ele...


Jonas Crow, vocês conhecem? Um homem encantador. Verdadeiramente! Seu provérbio favorito: “Não poupe hoje aquele que ainda vai te matar amanhã”. Jonas é um poeta. No mais, ele ama os animais. A prova, seu único amigo é um abutre. É também um homem atencioso com os outros. Particularmente quando ele tem que ajudá-los a cumprir a sua última viagem. Normal, ele é um coveiro. Portanto, vocês vão saber por que as pessoas não o amam. Há mesmo quem suspeite que ele encubra um passado criminoso. Como é triste tanta maledicência. Mas creiam-me, um bom cristão adepto do mandamento “Quem semeia tempestade colhe chumbo” não pode, fundamentalmente, ser mau.


“Undertaker”, um desenho esplêndido e as histórias apaixonantes, envolventes, os diálogos que acertam o alvo com um vislumbre de humor (negro). Em suma, já um clássico da 9ª arte!

“Um verdadeiro herói, carismático como um diabo, com suas rachaduras e seus mistérios, mas também muito de humor negro.” Le Parisien.

Jonas Crow pode conduzir vocês longe, muito longe. Basta apenas vocês abrirem os álbuns de ele...


Normalmente, um agente funerário
sabe aquilo que ele deve fazer
quando alguém confia a ele um caixão.
Com Jonas Crow, as coisas
não se passam jamais
normalmente...


No primeiro díptico, ele deve
escolher. Enterrar o caixão
de certo Joe Cusco, um tipo
que engoliu seu ouro. Ou o confiar
aos garimpeiros, muito encolerizados
com a ideia de ver esse ouro escapar de eles.


No segundo, ele enfrenta
um cirurgião megalomaníaco,
ao mesmo tempo genial e serial killer.
Um tipo capaz de curar
nove pacientes como de precipitar
o décimo direto ao inferno.
Jonas teria o direito de matá-lo
e assim sacrificar nove vidas
para salvar uma?


No terceiro, ele deve recuperar
o despojo de um branco
assassinado pelos índios. Na aparência,
uma pura rotina. Na realidade,
de grandes aborrecimentos em perspectiva:
os apaches e os brancos estão prontos
a se combater para guardar seu caixão.
E Jonas se encontra no meio...


Esse novo tomo, “Salvaje”, soa o fim do terceiro ciclo para nosso agente funerário preferido que tem francamente a moral nas botas santiags.

““Undertaker” propõe uma das mais interessantes visões do Velho Oeste propostas em história em quadrinhos”. Historia.

Encarregado por seu “amigo” de juventude Sid Beauchamp para recuperar o cadáver do filho de sua futura esposa, Jonas Crow compreende rápido que ele não estava do lado bom do seis tiros...




Por falha do agente funerário, Salvaje, a indomável apache, perdeu tudo: liberdade, filho, esperança. A menos que esse caro Jonas repare os erros que ele mesmo causou?

“Xavier Dorison e Ralph Meyer propõem um sexto opus de seu western, em cujo o herói fora de norma e as múltiplas reviravoltas não cessam de nos fascinar.” Le Parisien.


Vilania e redenção, chacina e devastação... Ralph Meyer, Caroline Delabie e Xavier Dorison de novo fazem falar a pólvora em um tomo 6 asfixiante, crepuscular e pirotécnico, que evoca alternamente Quentin Tarantino, “Blueberry” e ainda o universo do videogame “Red Dead Redemption”.




Como nos melhores westerns, nada jamais é todo branco nem todo preto em “Undertaker”. Todo mundo, pelo contrário, acaba vermelho sangue.


Vocês amam os westerns? “Undertaker” é feito para vocês. Mas atenção, “Undertaker” não é um western como os outros. Certamente, há os grandes espaços, as pequenas cidades do Oeste e os saloons. A ação, as brigas e as mortes. E se há mortes, há forçosamente um agente funerário, como em todo western que se respeite. Falemos sobre o coveiro. Por uma vez, ele é o herói. Habitualmente, pessoa não notada. Mas aí, alguma coisa nos diz que seria uma pena, justamente, não dar atenção a ele... “Undertaker” é uma mistura de drama e de humor negro, de cinismo e de ambivalência. E um herói misantropo, ferido e encolerizado. Pensem em “Django” de Quentin Tarantino ou no herói solitário de “Red Dead Redemption”. “Undertaker”, em inglês, é “Aquele que leva você para baixo”, ou seja, sete palmos sob a terra. Jonas Crow pode levar vocês longe, muito longe daqui.


Para aqueles que gostariam de aprender mais sobre a série “Undertaker”, não hesitem em ver ou rever a live dos autores realizada com o nosso parceiro Bubble:


Boa leitura!

Fonte: Dargaud Éditeur, Paris, França.

A série “Undertaker” foi criada por Xavier Dorison e Ralph Meyer.
Undertaker © Xavier Dorison / Ralph Meyer / Caroline Delabie – Dargaud Éditeur
Undertaker : toujours le meilleur western depuis Blueberry ! © 2021 Dargaud Éditeur

Afrânio Braga

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